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Paulo Cezar Martins Pereira | 22/03/2022
Notícias
Iniciativas que colaborem para uma agenda mais sustentável têm se tornado prioridade para diversos setores da economia global. No segmento automotivo, os carros elétricos e híbridos têm ganhado adeptos, principalmente, por reduzir e eliminar a emissão de gases poluentes quando comparados aos veículos convencionais (com motor à combustão). Diante disso, indústrias metalúrgicas e siderúrgicas têm apoiado este setor ao fornecer insumos para a produção automotiva, como é o caso do Alumínio, metal que aparece com frequência em veículos elétricos.
Em 2021, a venda de carros elétricos no Brasil disparou em comparação ao ano anterior. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (Anfavea), entre janeiro e outubro foram vendidos 1.805 veículos no país, um aumento de 125,3% em relação ao registrado em 2020, quando 801 unidades foram emplacadas. Mas afinal, qual a relação entre esses mercados e como as aplicações do Alumínio impactam no desenvolvimento de soluções para os veículos elétricos?
O Alumínio já desempenha papel importante nos automóveis tradicionais, aparecendo em perfis que compõem painéis e até em peças fundidas do motor. Embora as aplicações do Alumínio presentes nos veículos normais, elétricos ou híbridos, sejam bastante similares, as possibilidades da utilização do Metal nos carros elétricos são ainda maiores.
O Alumínio fornecido no formato de barras, perfis variados e tubos pode ser fundido e originar peças para compor carcaças de motores, fiação do chicote, cubos, caixas de direção, mancais de transmissão, e, por fim, em material construtivo, como chapas laminadas para aplicação na estrutura dos veículos.
Um dos motivos pelo qual o Alumínio é utilizado neste setor é o fato do metal possuir um peso consideravelmente menor se comparado a outros tipos de materiais. Com as baterias feitas com Lítio e Cobre, que representam 25% do peso dos veículos elétricos, o Alumínio torna-se fundamental para promover mais leveza na estrutura do automóvel, redução no gasto de energia e, consequentemente, maior duração das baterias.
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Neste contexto, as características já citadas e amplamente conhecidas do Alumínio são fundamentais no segmento automotivo e garantem ampla redução no impacto ambiental. Isto porque, o metal possibilita a reciclagem total ao término do ciclo de vida dos produtos elaborados a partir dele, bem como a redução de emissão de CO², que no caso dos carros elétricos chega a zero. A partir disto, estes aspectos corroboram diretamente para um sistema mais limpo e para a preservação do planeta.
Por algum tempo, a maior dificuldade das montadoras com relação aos veículos elétricos estava relacionada a garantia de maior autonomia das baterias. Embora superado este obstáculo, outros desafios surgem no contexto brasileiro. Atualmente, uma das grandes prioridades do setor é investir na melhoria do tempo de recarga e na multiplicidade de postos ou estações de recarga, à medida que a frota aumenta.
É fato que há um cenário promissor para o mercado de carros elétricos no Brasil. Entretanto, é preciso estar atento a pontos como investimento em novas tecnologias, custos de envolvidos nas linhas de produção e, ainda, a limitada capacidade de compra da população e ao custo final do produto. Nesse sentido, o Alumínio surge como uma opção natural para apoiar o desenvolvimento desta indústria no país, uma vez que o metal se faz abundante e com distintas características, o que estimula o desenvolvimento do setor e, consequentemente, maiores oportunidades de crescimento.
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Paulo Cezar Martins Pereira
Superintendente de Vendas e Marketing da Termomecanica, empresa líder na transformação de cobre e suas ligas.
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