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Guilherme Alfredo Kastner    |   20/02/2018   |   Projeto Descomplicado   |  

Furos são furos, não extrusão – Parte 2 – Interfaces

Senhores,

Quando se fala na execução em comandos de furação, o maior empecilho normalmente é o usuário, por uma série de razões:

  • Já estão habituados com os comandos atuais
  • As vezes a interface assusta

O post tem por objetivo definir como qualquer software CAD funcionará de forma esquemática, valendo os conceitos em SolidWorks, CATIA, Autodesk Inventor, OnShape e outros.

Metodologia Básica

Todos os softwares que conheço trabalham com a lógica que são duas operações necessárias para os comandos de furação

  1. Definir posições dos furos
  2. Definir os tamanhos e tipos de furos a serem aplicados

Saber reconhecer que são duas operações distintas, ajudará a continuidade do processo

Posicionamento

Na prática, com o SolidWorks e o CATIA, não são necessárias referências preliminares em esboços. Mas cada um tem a sua peculiaridade.

No SolidWorks um um único comando, se definem todos os posicionamentos de furos a serem inseridos de uma única vez, enquanto no CATIA, apenas um é executado por operação. Caso necessário mais de um comando, executa-se um padrão linear, circular ou definido por usuário.

A imagem abaixo do SolidWorks demonstra a execução do comando onde em uma aba, pode-se colocar todos os pontos a serem definidos.

Enquanto no CATIA, durante a definição do ponto, pode-se colocar uma referência de posicionamento do único ponto a ser inserido durante a operação

O esboço preliminar


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Em muitas situações, é hábito dos usuários criar um esboço referência onde a furação é alocada. No SolidWorks, isso normalmente não é uma boa prática, uma vez que ele cria por conta um esboço com estes posicionamentos. Enquanto isso, no CATIA, o esboço prévio pode solucionar uma série de situações:

  • Posicionamento de forma mais simplificada dos elementos geométricos.
  • No Catia, especialmente, os pontos extras serão utilizados para a inserção dos demais furos por padrões definidos por usuários.

A imagem abaixo demonstra um furo criado com o CATIA selecionando previamente o ponto de esboço e a face onde a furação deve estar posicionada.

Para os outros furos instanciados, basta um comando de padrão.

Parece estranho, né? Mas o SolidWorks faz exatamente esta operação, porém sem sair de um único assistente de perfuração.

Se vocês ainda acharem que o CATIA é estranho, Inventor e On Shape funcionam de forma muito semelhante a ele.

Definição de tipos e tamanhos

A segunda parte dos recursos de criação de furos tem características comuns

  • Definição de tipo de furo
  • Liso
  • Roscado
  • Escareado
  • Com rebaixo
  • Diâmetros
  • Profundidades

Para que vejam, todos eles se comportam da mesma forma, abaixo a imagem do SolidWorks com a definição do tipo de furo.

Para o CATIA, é igual, mas de forma mais textual

Para a definição dos diâmetros, os podem ser digitados manualmente ou por consulta a normas. Porém ressalto que ambas as definições de normas serão abordadas em um próximo post.

As profundidades, necessitam serem analisadas com cuidado, principalmente ao falarmos de condição final, todos os softwares possuem as seguintes características:

  • Profundidade definida
  • Furo passante
  • Furo até a próxima face
  • Limitação por superfícies

E a interface do CATIA ocorre de forma semelhante

Definir a profundidade com as condições finais garantirão a execução das seguintes etapas:

  • Atualização correta do modelo por conta da aplicação de intensão de projeto adequada;
  • Utilização das profundidades para inserção de componentes de fixação adequados; e
  • Aplicação de notas no ambiente de desenho com interpretação do furo.

Conclusão

Com isso encerramos a apresentação da base das funcionalidades dos recursos de furos nas aplicações do CATIA e do SolidWorks. Lembro que estes conceitos são comuns a qualquer CAD que conheço no mercado, e que tudo que está aqui será utilizado como referência.

Sds,
Guilherme Kastner

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Guilherme Alfredo Kastner

Técnico de aplicações da SKA Automação de Engenharias desde setembro de 2004. Trabalhou com diversas Soluções Autodesk, SolidWorks. Nos últimos anos o trabalho tem sido focado na melhoria da comunicação das engenharias com os seus clientes dentro das corporações como a fábrica, administrativo e outros setores.


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