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Durante toda a minha tragetória profissional, a convivência com os clientes empresários, o acompanhamento de auditorias e as leituras a respeito da norma ISO 9001 sempre me mantiveram próxima e atenta ao universo dos sistemas de gestão.
Enquanto uns sustentam a bandeira de que uma certificação ISO, na prática, não reflete o real funcionamento de um negócio - chegando a afirmar, no bom português, que "não serve para nada, além de adornar uma parede branca na sala da Direção" -, outros, donos de olhares mais acurados, conseguem converter as normas ISO em importantes ferramentas para o desenvolvimento e oferta de produtos e serviços que melhor atendam às expectativas dos destinatários(seja em âmbito interno ou externo).
A ISO, Organização Internacional de Normalização (do inglês "International Organization for Standardization") é uma organização não-governamental com sede em Genebra, na Suíça, e interliga os institutos de padronização regionais e órgãos reguladores de 246 países.
O nome não se trata, pura e simplesmente, de uma abreviação das iniciais do nome original. "ISO" originou-se a partir do vocábulo grego "ἴσος" ("isos"), que, por sua vez, significa igualdade.
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Então, quando se escuta falar que uma determinada empresa conquistou certificação ISO, significa dizer que ela objetiva falar a linguagem internacional, conectando-se mais facilmente com os padrões globais de qualidade (porquanto o mercado compreenderá exatamente o que ela faz e como ela faz).
Ao atingirem os requisitos das normas ISO, as empresas melhoram a produção, fazendo com que cada processo da cadeia - desde a concepção, desenvolvimento, até a entrega efetiva ao consumidor final - seja mais eficiente, enquanto o resultado final, mais confiável. Nesse sentido, facilita-se a medição de desempenho, além de assegurar-se o alcance de melhoria contínua no sistema de gestão desenhado.
Como alcançar a melhoria contínua?
Falar em melhoria contínua demanda explicar o famoso ciclo "PDCA", cuja sigla sintetiza "plan", "do", "check" e "act" (ou seja, planejar, fazer, verificar e agir):
O ciclo, conforme antecipa seu próprio nome, visa a melhoria contínua através da repetição de seus procedimentos.
Planejam-se metas, objetivos e indicadores de desempenho; executa-se o planejamento; medem-se os resultados alcançados; e, a depender de estarem adequados ou não aos indicadores traçados inicialmente, adotam-se ações corretivas para garantir-se a melhoria contínua.
Uma vez detectadas as falhas no sistema de gestão e implementadas as correções necessárias, o ciclo se reinicia, exigindo novo planejamento, execução, monitoramento e, se for o caso, novas medidas corretivas.
Quais as vantagens de se adequar a empresa às normas ISO?
A adequação das empresas às normas ISO tem o condão de beneficiá-las nos mais variados aspectos, merecendo destaque:
A melhoria contínua, que passa pela autopercepção de vulnerabilidades, confere às empresas certificadas um posicionamento mais competitivo, mostrando, portanto, que as vantagens de se adotar o padrão ISO superam, sobremaneira, as eventuais desconfianças.
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Abraços e até a próxima!
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– Organizadora do "Studio Estratégia - Advocacia e Governança Corporativa";
– Advogada Especialista em Direito Empresarial com ênfase em Recuperação Judicial, Falência e Administração de Crises pela FGV;
– Membro do Instituto Brasileiro de Administração Judicial (IBAJUD);
– Administradora Judicial de Falências e Recuperações Judiciais pela Turnaround Management Brasil;
– Compliance expert, membro da Legal, Ethics and Compliance (LEC);
– Auditora Líder das normas ISO 19600:2014 e ISO 37001:2016 (Sistemas Integrados de Gestão de Compliance e Antissuborno).
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