por Reinaldo Domingos    |   11/03/2015

6 orientações de como agir com a alta do dólar

Educador financeiro lembra que é hora de assumir a responsabilidade, encarar a realidade e mudar os hábitos para passar por essa situação de maneira sustentável e consciente.

O dólar fechou acima dos R$ 3 na última quinta-feira (5). Atingindo R$ 3,0115, em alta de 1,03%. É o maior valor desde agosto de 2004, segundo dados do Banco Central. A alta tem impacto para todos – investidores, empresários, viajantes e também às pessoas físicas, consumidores brasileiros –; para uns de maneira positiva, para outros, negativa.

Para quem investiu em moeda estrangeira, a notícia é boa, pois aumentará seus ganhos, para quem está pensando em investir, não recomendo agora. Já para quem importa ou quer importar produtos, o momento é ruim. Por fim, para os consumidores a notícia também é sinônimo de problema, pois, muito dos produtos que são adquiridos são importados ou possuem componentes importados, assim, essa alta com certeza será repassada para estes produtos, ocasionando aumentos.

Àqueles que estavam planejando viajar ao exterior, o fato também desanima, pois a todos os gastos comuns de uma viagem dessas – passagem aérea, passeios, valores do cartão de crédito, etc. – será acrescido o aumento da cotação do dólar, ultrapassando o valor planejado inicialmente. Por isso, é preciso cautela! Para quem nem sequer se programou, é melhor deixar a viagem para outro momento.

Contudo, os mais prejudicados com certeza é a população em geral, com o repasse muitas vezes dessa alta aos consumidores. Sendo que reflete diretamente no preço de produtos e serviços de nosso cotidiano, encarecendo-os substancialmente e, consequentemente, diminuindo nosso poder de compra.

Embora não seja motivo para pânico, há muitos cuidados a serem tomados nesse período. Por isso, o melhor a fazer é reunir a família, rever os custos diários e mensais, reduzir os excessos e supérfluos e fazer algo que parece óbvio, mas muita gente não consegue: garantir que o ganho sempre seja maior que as despesas. Não adianta apenas ficar reclamando do Governo, é necessária nesse momento uma readequação no padrão de vida.


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É hora de assumir a responsabilidade, encarar a realidade e mudar os hábitos para passar por essa situação de maneira sustentável e consciente. A reeducação financeira é a grande solução para esse período de crise.

Veja seis orientações para agir com essa alta do dólar:

1.    Não é hora de comprar importados, pois essa alta será repassada diretamente para esses produtos, avalie a real necessidade e se possível deixe essa compra para um segundo momento;
2.    Por mais que seja convidativo com a alta, não é hora de investir nessa moeda, geralmente quando se investe em um produto que está em alta por um logo período a chance de perder é maior;
3.    Se já programou viagem para o exterior, não é necessário desespero, mais sim controle. Contenha os gastos e prepare uma reserva de 40% a mais dos valores que tinha planejado para que não tenha problemas futuros;
4.    Caso queira mais ainda não planejou viajar para o exterior, deixe para depois. Prefira soluções caseiras nesse momento, não custa nada postergar um pouco o sonho;
5.    Para quem quer investir, mas não possui muito conhecimento de mercado, recomento buscar linhas conservadoras e, principalmente, com rendimentos pré-fixados, pois os riscos são menores;
6.    Para quem está endividado, independente do dólar, a hora é de uma ‘ação de guerra’, pois o cenário negativo da economia tende a deixar os juros mais alto e a situação insustentável.

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

Reinaldo Domingos

Perfil do autor

O autor é educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e autor do best-seller Terapia Financeira e de diversas outras obras, como Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira.