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Atualmente, muito se fala sobre aeronaves remotamente pilotadas (ARP). Neste mês, foi anunciado a entrada da Avibras Divisão Aérea e Naval S.A. na Harpia Sistemas S.A., a fim de desenvolver de forma conjunta o mercado de ARP no Brasil. Mas esses aviões são pesados, grandes e necessitam de uma grande equipe para comandá-los.
O produto desenvolvido pelo professor de engenharia da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, Vijay Kumar, juntamente com seus alunos Alex Kushleyev e Daniel Mellinger, é baseado na tecnologia de ARP, porém, pesa menos de 75 gramas. Segundo Kumar, o robô desenvolvido pela equipe pode carregar e construir coisas e auxiliar no mapeamento de ambientes e resgates em desastres naturais. O professor falou sobre o projeto no SolidWorks World 2013, que aconteceu em Orlando, entre os dias 20 e 23 de janeiro.
O robô é formado por quatro rotores, que, se estão na mesma velocidade, mantém o “quadcoptero” estável, porém basta modificar a velocidade de um deles, para que tome uma direção. Junto ao robô pode ser acoplado um scanner a laser e uma câmera, o que auxilia no resgate e mapeamento de ambientes em desastres naturais. "Ele grava informações tridimensionais e o grande benefício é que você pode fazê-los voar dentro de prédios e eles tiram fotos e enviam essas informações para a equipe de resgate, podendo inclusive detectar níveis de radiação", explica o professor. Ele reforça que os quadcopteros não utilizam GPS e a vantagem é que podem entrar em lugares que homens não chegam, já que voam e são extremamente leves e pequenos.
O quadcoptero consome 15 watts de energia e tem 20 centímetro de diâmetro. Ele pode voar entre obstáculos (assista ao vídeo abaixo) e irá calcular a rota mais curta até determinado ponto, graças a softwares que calculam os comandos do robô 600 vezes por segundo.
Porém, de acordo com Kumar, o aspecto fundamental do robô é a colaboração. "Eles podem trabalhar como um time. Eles se movimentam simultaneamente, porém atuam de forma independente", afirma. O professor compara essa integração com o trabalho das formigas, que assim como esses robôs, têm um controle descentralizado e conseguem atingir o objetivo, de forma harmônica e integrada. Até porque "seria impossível um ser humano controlar o que cada robô faz", argumenta. 100 vezes por segundo, o robô calcula e detecta, através de sensores, a distância de seu vizinho e por isso ele não se chocam.
Com esse trabalho em conjunto, esses robôs, embora muito leves, podem também ser usados para construção de algumas estruturas e carregamento de materiais. "Com a coordenação pode-se duplicar, triplicar ou quadruplicar a força do robô", diz.
O engenheiro explica que agora eles trabalham para tornar o robô mais eficiente energeticamente, para poder ser usado em operações mais longas.
Inovação
Vijay Kumar afirma que a equipe utilizou softwares da SolidWorks em todas as partes do projeto, desde criação, modelagem e aperfeiçoamento do produto. Ele aponta alguns desafios para a inovação na robótica atualmente: criar infraestrutura para inovação e integração de design do software e do design mecânico e elétrico.
Vídeo com os quadcopteros em ação:
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