A Fapesp assinou na terça-feira (06), um acordo com a Matimop, agência para cooperação em pesquisa e desenvolvimento ligada ao Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho de Israel.
O documento estabelece a colaboração entre pesquisadores ligados a instituições de ensino superior e pesquisa do Estado de São Paulo e de Israel no desenvolvimento de projetos voltados para a criação de produtos e processos industriais inovadores, com grande potencial de comercialização no mercado global.
O acordo prevê o lançamento de duas chamadas de propostas ao ano e o financiamento de projetos adequados às normas dos programas Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), da Fapesp.
Em cada projeto proposto, pesquisadores de empresas de Israel poderão se associar a pesquisadores de instituições de pesquisa paulistas ligados a pequenas empresas (com até 250 empregados) ou de maior porte, estabelecidas no Estado de São Paulo.
“Com a colaboração entre empresas apoiadas e acompanhadas pela Fapesp e pelo Matimop, esperamos desenvolver inovações excelentes e também conectar a inovação em Israel com a de São Paulo, em uma perspectiva industrial”, afirmou Michel Hivert, diretor da agência israelense.
“Isso significa que, embora a pesquisa científica seja muito importante, queremos ver produtos inovadores no mercado em um prazo de dois anos”, disse Hivert.
O acordo foi esboçado em 2011, na FAPESP, e a definição de seus termos foi concluída após a visita do diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, José Arana Varela, ao escritório do cientista-chefe do Matimop, responsável pelos programas de interação com empresas.
“O foco da agência israelense está na direção dos programas de inovação da Fapesp, por isso foi aprovada a alternativa de aplicar as normas do PIPE e do PITE aos projetos selecionados pelo acordo em negociação naquele momento”, explicou Varela.
As propostas serão avaliadas pela Fapesp e pela Matimop e aquelas que forem aprovadas pelas duas partes serão financiadas. Os recursos para apoio aos projetos serão divididos igualmente entre as duas instituições.
Por Fernando Cunha/ Agência Fapesp