Pesquisadores desenvolvem novo revestimento contra corrosão

Novo revestimento deve substituir o cromo e conserva o poder de autocura.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Nevada, em Reno, desenvolveu um novo revestimento para substituir o cromo utilizado principalmente em aplicações aeroespaciais. O cromo é utilizado há mais de 50 anos para proteger o alumínio contra a corrosão, porém é um metal altamente tóxico.

A equipe apresentou sua pesquisa na semana passada no evento internacional "Pacific Rim Meeting on Electrochemical and Solid-State Science", no Havaí. "Ele foi bem recebido na conferência," disse o líder da equipe e professor de ciência de materiais e engenharia da Universidade de Nevada, Dev Chidambaram. "Não há dúvida de que este novo revestimento irá substituir o cromo. Mesmo que a formulação desse novo produto ainda necessite de melhoras, o desempenho tem sido excepcional", afirma. 
 
Segundo o estudo, tentativas de substituir o revestimento de cromato por revestimentos não tóxicos estão em andamento desde a década de 1980. A procura de um substituto adequado tem sido difícil, devido principalmente a uma característica do revestimento conhecida como autocura, que é a capacidade do revestimento de recuperar a si mesmo depois de ter sido danificado ou riscado.  
 
Essa capacidade de autocura é essencial pricipalmente para a indústria aeroespacial. A equipe de Chidambaram, testou mais de 300 revestimentos antes de chegar a uma nova fórmula. O novo revestimento elaborado pela equipe utiliza molibdênio, o que garante o poder de autorreparação do material e, como consequência, a capacidade de proteção contra a corrosão. 
 
"Esse estudo já acontece há 14 anos. É uma continuidade do trabalho que iniciei na Universidade Estadual de Nova York e no Laboratório Nacional Brookhaven," finaliza Chidambaram.

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