Nissan quer conquistar 5% do mercado brasileiro

Fabricante planeja diminuir dependência das importações do México e acelerar contrução de fábrica no Brasil

 

“O Brasil é estratégico para a Nissan e vamos acelerar a construção da fábrica no Rio de Janeiro porque a Nissan não pode depender das importações de carros do México”, disse à Automotive Business o presidente mundial da Aliança Renault Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn. A planta em Resende (RJ) deverá ser inaugurada no início de 2014, segundo afirma Fernando Menezes, diretor de comunicação da Nissan no Brasil. 
 
Os primeiros modelos do March produzidos no Brasil deverão chegar ao mercado pouco após a inauguração da fábrica. A nova planta totaliza investimentos de R$ 2,5 bilhões e tem capacidade para produzir 200 mil carros por ano. 
 
O March, hoje importado do México, é um sucesso de vendas da marca e permitiu que a Nissan chegasse a ter fatia de 4% do mercado brasileiro. Hoje, passada a euforia inicial com o lançamento, a participação para 3,5%. “Com a fábrica no Brasil, nosso objetivo é ter uma participação de 5% do mercado até 2016”, diz Menezes. O sedã Versa também deverá ser produzido em Resende. 
 
Segundo Menezes, o Brasil é peça-chave na estratégia da Nissan para a montadora atingir os objetivos do plano global “Power 88”, que prevê a conquista de 8% do mercado automotivo mundial até 2016. Atualmente, a marca japonesa tem fatia de cerca de 6%.
 
“Uma participação de 5% no Brasil é enorme em razão do tamanho do mercado. No México, temos 25%. Mas com 5% no Brasil, venderemos mais do que no México”, afirma Menezes. “O Brasil é o quarto maior mercado mundial. Naturalmente, as operações brasileiras deverão obedecer essa média mundial no longo prazo”, afirma o diretor da Nissan.
 
Por Daniela Fernandes da Costa/ Automotive Business

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