O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,9% entre agosto e setembro ao passar de 104,1 para 105 pontos, de acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada hoje (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador, que subiu pelo segundo mês consecutivo, atingiu o maior nível desde julho de 2011, mantendo a tendência de aproximação da média dos últimos cinco anos, de 105,4 pontos. A leitura, contudo, foi menor que o aumento de 1,1% indicado na prévia da sondagem, divulgada na semana passada.
O aumento do ICI foi influenciado pela melhora da avaliação sobre o futuro entre as empresas do setor. Na leitura deste mês, o Índice de Expectativas (IE) superou a média histórica recente, alcançando 104,9 pontos, resultado 1,7% acima do registrado em agosto.
Já o Índice da Situação Atual (ISA) apresentou relativa estabilidade, ao recuar 0,1%, para 105,0 pontos. "A combinação de resultados sugere a continuidade da trajetória de retomada da atividade industrial nos próximos meses", observa a FGV, em nota.
O indicador com maior influência na ligeira queda do ISA foi o que mede o grau de satisfação das empresas em relação à situação atual dos negócios. Após um salto de 5,2% em agosto, o indicador recuou 1,2% em setembro, um movimento de aparente acomodação, segundo a FGV. A parcela de empresas que avaliam a situação atual como boa diminuiu de 24,4% para 20,3% do total, mas as que a consideram fraca também recuou, de 12,2% para 9,5%. Como decorrência dos dois movimentos, a proporção de empresas avaliando a situação atual como normal aumentou de 63,4% para 70,2%.
O quesito em que as empresas revelam suas perspectivas de produção para os próximos meses foi o que mais contribuiu para a alta do IE. O indicador avançou 4,1% em setembro ao passar para 130,9 pontos, o maior desde fevereiro de 2011 (134,6). Houve aumento de 38,8% para 42,8% na proporção de empresas que esperam aumentar a produção no trimestre setembro-novembro e diminuição de 13,0% para 11,9% na parcela das que preveem uma produção menor.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) passou de 84% para 84,1% entre agosto e setembro de 2012, o maior patamar desde julho de 2011, mantendo-se acima da média histórica recente pelo segundo mês consecutivo.