O bom momento do setor automotivo e as boas perspectivas no setor de óleo e gás motivaram o grupo Cosa e ampliar sua atuação pelo Brasil com novos representantes. De acordo com a coordenadadora de Recursos Humanos da Cosa Intermáquinas, Sílvia Antoniazzi, a empresa está buscando novos mercados e pretende estar presente em todos os estados. "Queremos entrar fortemente em todas as regiões do Brasil, com uma equipe altamente capacitada tanto no setor comercial, como no técnico e de suporte", diz Sílvia.
No primeiro semestre foram gerados sete postos de trabalho e a tendência é que nesse semestre o número se repita. "Estamos realizando uma nova estratégia organizacional, com cargos-chave e aproveitamento da equipe que já possuímos", afirma. A coordenadora argumenta que a Cosa Intermáquinas tem dificuldade em encontrar profissionais com o nível de capacitação técnica e comercial que a empresa necessita e com uma base salarial compatível ao mercado. "Sabemos que o perfil técnico é escasso, gerando o famoso apagão da mão de obra, e para nós não é diferente. No entanto, acreditamos que em algumas ocasiões a capacitação dos colaboradores ajuda a driblar essa deficiência", diz Sílvia.
Mercado
O gerente de vendas da Cosa Intermáquinas, Alex Fernando Robi, explica que o estado de São Paulo ainda é o maior comprador de máquias CNC, porém outras regiões também têm se destacado. "As regiões que mais cresceram nos últimos três anos foram: Grande Curitiba e interior do Paraná, Santa Catarina como um todo e Rio Grande do Sul. Principalmente o estado do Paraná tem se tornado um grande mercado comprador de máquinas CNC", diz Robi.
Ele trabalha há 12 anos no Grupo Cosa e percebe que a indústria brasileira tem se reciclado e investido mais em máquinas de alta tecnologia. Segundo Robi, atualmente diversos fabricantes internacionais de máquinas procuram se instalar no Brasil para conquistar faixas de mercado cada vez mais significativas.
"Em meados de 2005, a indústria brasileira passou por uma reformulação de seus processos internos industriais. Estávamos então num ponto crucial, ou investíamos ou ficaríamos trocando equipamentos de baixo custo. Neste momento as empresas pioneiras no mercado de vendas de máquinas, como a COSA, trataram de buscar parceiros internacionais que trouxessem e agregassem valor aos seus produtos, com mais tecnologia e melhores preços", argumenta o gerente de vendas. Ele afirma que dessa forma, as empresas também ajudaram o mercado nacional, que pôde se reformular na produção de máquinas de alta tecnologia.
Porém, mesmo com o avanço da tecnologia e melhores preços, o setor de maquinário industrial apresenta alguns obstáculos. Para Robi, uma grande dificuldade ainda é o financiamento para compra de produtos de alta tecnologia vindos do exterior ao comprador nacional. "Os juros desses financiamentos são abusivos", diz.
Ele afirma que os altos impostos e falta de infraestrutura também são entraves ao crescimento do setor. "Alguns importadores chegam a pagar 40% a mais do valor da máquina, apenas em impostos federais e estaduais. Isso é um dos principais freios para a indústria brasileira. Outro ponto é a infraestrutura, não possuimos portos adequados à exportação e importação de nossos produtos, além da malha viária completamente deteriorada e prejudicada pela falta de investimento do governo federal", afirma Alex Fernando Robi.