Nos próximos 10 anos, os efeitos da presença de uma siderúrgica no Ceará podem ser bem maiores do que o que já foi divulgado. A previsão da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) é aumentar em 50% o Produto Interno Bruto (PIB) do estado. No entanto, se for desenvolvido um polo metalmecânico em torno da indústria, a expectativa é de que a soma das riquezas do estado chegue a dobrar nos próximos dez anos.
A previsão animadora é do presidente do Sindicato da Indústria Metal Mecânica do Ceará (Simec), Ricard Pereira. Segundo ele, quando se fala em pólo metal-mecânico, é importante ressaltar que é necessário que o estado atraia também uma laminadora. A usina faz o beneficiamento das placas de aço, fase posterior da siderúrgica na cadeia do aço.
“Apenas com a produção de placas pela siderúrgica o impacto será menor. O pólo metal-mecânico só se estrutura se nós tivermos uma laminadora, que é a matéria prima”, destacou dizendo que a empresa atrairá estaleiros, fábricas de automóveis.
Pereira disse ainda que em torno da siderúrgica deverão se estruturar outras empresas, como companhias que façam manutenção, montagem industrial, além de centros de comércio e serviços.
As empresas já estão sendo atraídas mesmo nesse primeiro momento de construção do empreendimento. “Com certeza pelo fato de a siderúrgica ser algo real. Já foram investidos quase R$ 1 bilhão e é algo que não tem mais volta. Com certeza vai existir”. Ele lembrou que apenas na primeira fase está prevista a produção de cerca de três milhões de placas de aço pela siderúrgica.
Teresa Fernandes/O Povo