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A Volvo pode acirrar ainda mais a competição no setor de caminhões do Brasil, hoje dominado pela Mercedes-Benz, pela Volkswagen e pela Scania. Dependendo do cenário, a nova estrutura de organização da companhia no mundo pode ser trazida ao País. A informação foi dada ontem pelo presidente da Volvo para América Latina, Roger Alm. Segundo o executivo, caso o desempenho das marcas subsidiárias da montadora - Renault Truck, Mack e UD Trucks - seja satisfatório, a empresa pode considerar a entrada destes selos, no Brasil.
"No curto prazo, nada vai mudar no mercado brasileiro. No entanto, se acharmos que vale a pena, podemos trazer essas marcas para o País", afirmou Alm. E, por enquanto, os resultados da Volvo no Brasil estão agradando aos dirigentes da matriz da montadora sueca. Em 2011, foram comercializados 25,2 mil caminhões na América Latina, dos quais 19 mil só no mercado brasileiro. "Tivemos um ano fantástico em 2011. A empresa se tornou líder no segmento pesado no País", frisa Alm. Com esse desempenho, o market share interno de caminhões Volvo ficou em 17,1%.
O ano passado também significou recorde para a montadora no segmento de ônibus. "Pela primeira vez, em mais de 30 anos no Brasil, o mercado brasileiro se tornou o número um da marca nesse nicho", afirma o presidente da Volvo Bus para América Latina, Luis Pimenta. No ano passado, foram comercializados 3,6 mil ônibus na região, aumento de 153% em relação a 2010. Deste total, cerca de 2 mil foram vendidos só no Brasil. "Continuamos como líderes no segmento BRT [sigla em inglês de Transporte Rápido por Ônibus], uma vez que dos quatro grandes negócios fechados nos estados brasileiros, em 2011, três são da Volvo", diz.
No ano passado, o Banco Volvo financiou R$ 1,8 bilhão para a venda de caminhões da marca, cifra que representa 31% da comercialização de pesados da montadora, no País. "O Brasil representa 17% da nossa carteira de ativos", diz o presidente da instituição, Márcio Pedroso. Ele ressalta que a atuação do banco tem crescido 15% ao ano.
Perspectivas
Para os executivos da Volvo, 2012 deve apresentar números um pouco abaixo dos registrados no ano passado, uma vez que 2011 foi marcado pelo efeito pre-buy da nova lei de emissões Euro 5. "Se mantivermos o patamar de 2010, já será um resultado satisfatório", diz.
Segundo o gerente de planejamento estratégico da Volvo do Brasil, Sérgio Gomes, o aumento do preço dos caminhões Euro 5 não chegou a atingir 15%, como esperado pelas montadoras. "Certamente a indústria está assumindo esse custo, até porque ainda está sendo comercializado o Euro 3", ressalta.
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