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O Brasil vem se tornando um grande canteiro de obras. Até 2016, são previstos R$ 1,48 trilhão em investimentos em infraestrutura, incluindo obras iniciadas, projetos ainda em estudos e obras para a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada, segundo levantamento da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). Essa onda de investimentos e projetos ajuda a manter em alta o setor de máquinas e equipamentos, chegando a provocar filas de espera para compra e aluguel de máquinas para o setor de construção.
Para Antônio Carlos Bonassi, presidente da câmara setorial de máquinas rodoviárias da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), no entanto, o mercado tem se normalizado nos últimos meses. "O mercado está aquecido, mas o setor tem conseguido aumentar as entregas", afirma. "Em função de algumas obras de infraestrutura de grande porte que demandam alguns modelos específicos de equipamentos para serem executadas, há ainda alguma dificuldade de entrega em alguns modelos de máquinas. Já o mercado de aluguel está em ritmo normal."
De acordo com Bonassi, o segmento de aluguel de máquinas é uma excelente opção, especialmente para a indústria de Construção Civil. "O aluguel traz uma solução de valor às empresas em momentos de pico das obras aliviando essas empresas de necessidade carregar o peso de ativos em balanço apenas para atender necessidades de caráter normalmente temporárias", explica.
Segundo Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema e diretor de suprimentos e equipamentos da Andrade Gutierrez, o segmento de aluguel teve uma demanda relativamente pequena em 2011, por causa do encerramento de grandes obras nas regiões Sul e Sudeste, o que liberou capacidade no setor. "A expectativa é que a atividade de aluguel esquente em 2012, com a retomada e o início de grandes projetos."
Para Marques, no momento a indústria de construção no Brasil está bem atendida em termos de capacidade instalada de máquinas. "Temos hoje no Brasil 400 mil unidades com até dez anos de uso, na chamada linha amarela, que inclui retroescavadeiras, motoniveladoras e outros equipamentos desse tipo", diz. "Em 2011, foram vendidas quase 90 mil unidades, entre equipamentos de linha amarela, caminhões e guindastes."
De olho no aumento da demanda no país, fabricantes tradicionais como Volvo, Caterpillar, CNH, JCB, Dynapac, Terex, entre outros, fizeram ou vêm fazendo investimentos em novas fábricas ou aumento da capacidade de produção. "Em função do grande volume de obras de infraestrutura que deverão estar concluídas até 2016, a tendência é que o consumo de máquinas continue aquecido nos próximos anos", afirma Bonassi.
O volume de obras tem atraído novos players como a Hyundai Heavy Industries, que pretende investir US$ 150 milhões na instalação de uma fábrica em Itatiaia, no sul Fluminense, com capacidade para produzir até 5 mil máquinas por ano. Outra coreana, a Doosan Infracore está construindo sua primeira fábrica na América Latina, em Americana, no interior de São Paulo, num investimento de US$ 60 milhões.
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