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A alemã STIHL Ferramentas Motorizadas investirá no Brasil, até 2014, o total de R$ 518 milhões. O principal foco do investimento será a ampliação da produção da fábrica de cilindros para motores, em 56%, situada no complexo industrial da empresa na cidade de São Leopoldo (RS). Com a expansão, a STIHL Brasil fica entre os principais fornecedores do grupo no mundo.
Para essa expansão a companhia deverá gerar, no mesmo período, 645 novos empregos. Há 38 anos no país, a STIHL fabrica, entre outros produtos, roçadeiras, lavadoras, podadores, pulverizadores, sopradores, perfuradores, cortadores a disco, moto-serras e ferramentas multifuncionais.
A produção de cilindros - componentes de motores utilizados em roçadeiras, motosserras e pulverizadores - é destinada principalmente à exportação para fábricas do grupo no mundo, incluindo Alemanha, Estados Unidos e China. "A escolha pela empresa brasileira - que responde por 10% do faturamento do grupo, estimado em mais de 2,5 bilhões euros -está relacionada à excelência e à alta qualificação da mão de obra com que conta no Rio Grande do Sul e principalmente à tecnologia desenvolvida em 16 anos de produção local de cilindros", disse Cláudio Guenther, presidente da Stihl Brasil. A empresa exporta atualmente cerca de 50% do total de sua linha de ferramentas motorizadas portáteis.
Investimentos
Do total de investimentos previstos, R$ 150 milhões estão sendo efetivados em 2011 e o restante entre 2012 e 2014. A empresa pretende, com o novo investimento - além de ampliar a produção de cilindros e o quadro de funcionários - aprimorar os níveis de produção, reforçar a oferta de um mix completo de produtos de alta qualidade e durabilidade e aumentar de forma expressiva os pontos de venda em todo o país - dos atuais 2 mil para 3 mil, até 2015.
Os investimentos previstos também permitirão a ampliação do portfólio da empresa no Brasil, hoje de 54 produtos, produzidos na fábrica de São Leopoldo. Segundo executivo, a Stihl tem feito seu papel, buscando sempre a inovação e a competitividade, embora enfrente condições adversas como o custo Brasil e a questão do câmbio. "É preciso que o governo também faça a sua parte, reduzindo os gargalos em infraestrutura, investindo na educação básica, diminuindo a carga tributária e criando condições para baixar a taxa de juros, para com isso reduzir o custo do capital", afirma o presidente.
No que se refere à infra-estrutura, acredita Guenther, há ainda grandes déficits e gargalos a serem superados, especialmente no que se refere a portos, aeroportos e energia.
"Os investimentos em infra-estrutura estão longe do ideal no país", afirma. Considera também que é necessário haver o enfrentamento da questão da inflação, que passa pelo controle fiscal.
As exportações da Stihl seguem para mais de 60 países, com destaque para os países da América Latina, Estados Unidos e Europa. Essencial também ao sucesso da STIHL é a distribuição do faturamento em percentuais praticamente iguais entre as vendas no mercado interno e no mercado externo. "Do faturamento de R$ 621,1 milhões em 2010, R$ 311,667
milhões corresponderam a vendas no mercado doméstico e R$ 309,432 milhões ao mercado externo, o que ajuda a empresa a ter um ponto de equilíbrio e a minimizar impactos de variação cambial", afirma Guenther.
Incentivos fiscais
Em razão da qualidade e da quantidade de empregos que serão criados, o governo gaúcho concederá alguns incentivos à empresa. O protocolo de intenções foi assinado nesse sentido em Porto Alegre (RS), em reunião no gabinete do governador Tarso Genro, no Palácio Piratini, pelo presidente da Stihl.
O Estado, pela Secretaria de Estado da Fazenda - SEFAZ, renunciou o ICMS devido nas aquisições de fornecedores localizados no Rio Grande do Sul de máquinas e equipamentos industriais, bem como acessórios e ferramentas que acompanhem estes bens destinados à ampliação da companhia. Houve também renuncia do ICMS devido nas importações do exterior de matérias-primas, peças, partes e componentes.
Vendas
As vendas de produtos Stihl cresceram 37% em 2010, em unidades comercializadas no mercado nacional, e, para 2011, a previsão de crescimento é ainda maior, de 40%. O crescimento previsto para este ano corresponde a 60% de produtos fabricados no país e a 40% de produtos importados de outras fábricas da empresa.
"Nossa meta é reduzir o percentual de importados, que há cinco anos era de apenas 10% mas que hoje é maior em razão da situação desfavorável do câmbio", afirma Guenther. Para aumentar cada vez mais a participação no mercado interno, a companhia planeja uma série de ações que incluem a maior participação em feiras, o lançamento de novos produtos e o aumento dos pontos de venda no país.
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