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A produção de motocicletas em setembro caiu 0,9% ante o mesmo período de 2010, para 180.881 unidades, segundo divulgou nesta segunda-feira, 3, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Na comparação com agosto, o recuo foi de 16,9%.
A entidade divulgou ainda que as vendas subiram 1,9% no mês passado em relação a setembro de 2010, para 178.047 motos. Frente a agosto houve queda de 12,6%. "Os números demonstram o impacto das medidas de contenção de crédito adotadas pelo Banco Central", afirmou o presidente da Abraciclo, Roberto Akiyama.
Apesar dos números mais fracos em setembro, a entidade revisou para cima as projeções para este ano. Para as vendas, a Abraciclo prevê crescimento de 11%, ante uma estimativa anterior de 10%. Para a produção, a previsão é de expansão de 14%, contra uma projeção anterior de 12,5%.
Motos fora do decreto do IPI
O decreto 7567, que alterou as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), não mudou o cenário do mercado de motocicletas. As motos não foram citadas na lista de produtos afetados pelo decreto. E como a produção brasileira desse tipo de veículo ocorre na Zona Franca de Manaus, as montadoras não recolhem IPI.
Na Amazônia, o modelo adotado para a fabricação de motos segue o Processo Produtivo Básico (PPB), um conjunto de normas estabelecido em conjunto por ministérios e pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Suframa). Para produzir motocicletas em Manaus é necessário cumprir um número mínimo de exigências e etapas do PPB. Quanto mais motos fabricadas, mais etapas o fabricante tem de cumprir.
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