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As montadoras instaladas no país respondem por mais de 75% dos carros importados, mas apenas uma pequena parte desses veículos terá aumento de preço devido à elevação na alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Todos os carros trazidos ao Brasil por Fiat, Renault e Nissan vêm do Mercosul ou do México, com os quais o país tem acordos automotivos. Por isso, não haverá impacto da medida governamental para proteger a indústria nacional.
Na GM, que lidera o ranking de importadores, os produtos que vêm de Austrália (Omega), Canadá (Camaro) e Estados Unidos (Malibu) representam menos de 1% das vendas, considerando os emplacamentos no acumulado deste ano até agosto.
Os percentuais também são baixos na Peugeot (3,0%), na Toyota (4,5%) e na Citroën (6,7%). Procuradas, Volkswagen, Ford e Hyundai não detalharam a participação.
Nesta semana, o presidente da Anfavea (associação das montadoras com fábrica no Brasil), Cledorvino Belini, havia dito que "são medidas duras para todo mundo", se referindo à elevação de 30 pontos percentuais no tributo. "Também fomos prejudicados. Não existe lobby", afirmou ele na ocasião.
Um levantamento da Fenabrave (federação das concessionárias) mostra que, das 11 montadoras que mais importaram automóveis e comerciais leves nos oito primeiros meses do ano, só a coreana Kia não tem fábrica no Brasil.
Segundo Luiz Carlos Mello, do CEA (Centro de Estudos Automotivos), como os carros trazidos pelas montadoras "nacionais" que serão impactados pela medida fazem parte de um segmento "que não é sensível a preço", provavelmente nem terão redução nos emplacamentos. O decreto prevê que as unidades fabricadas no país devem ter pelo menos 65% de componentes nacionais para não ter acréscimo no IPI, considerando a média da receita de cada montadora, independentemente do modelo, entre outras regras.
Embora a medida tenha sido elaborada em parceria com a Anfavea, Belini afirmou na segunda-feira que até associados da entidade podem ser punidos. "Vamos saber [quais] em 45 dias."
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