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A participação da indústria metalmecânica do Brasil (grande consumidor de aço na fabricação de bens, máquinas e equipamentos) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 19,2% em 2004 para 15,8% no ano passado, segundo levantamento da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), patrocinado pelo Instituto Latino Americano de Ferro e Aço (Ilafa) e divulgado ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr). O presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, André Gerdau Johannpeter, disse que a indústria vem perdendo competitividade por conta da desvalorização cambial e o aumento das importações de produtos de origem chinesa.
No comércio total entre Brasil e China, o comércio de produtos metalmecânicos é desfavorável para a indústria brasileira. Enquanto as exportações desses produtos do Brasil para a China caíram de 6,4% em 2005 para 2,5% em 2010, as exportações da China para o Brasil se mantiveram em 60%. Os executivos do setor já se reuniram com os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Antônio Patriota (Relações Exteriores) para falar sobre o assunto. Johannpeter disse que não reivindicou do governo qualquer tipo de protecionismo ou aumento de alíquota de importação de produtos, mas falou sobre a necessidade de medidas de desoneração do setor, que sofre muito com custos estruturais de preço de energia e encargos trabalhistas, por exemplo.
Segundo ele, o programa Plano Maior dá algumas indicações de possibilidade de ajuda ao setor, mas com o dólar no atual patamar fica muito difícil competir. Ele espera que a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas acelere as obras e a participação dos produtores locais.
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