Logística garante rápido crescimento da WM Tools em ferramentas especiais

Seguindo sua vocação industrial, a região de Caxias do Sul tornou-se um cluster de empresas voltadas para o segmento agrícola e também de autopeças. Metade do consumo de aço do estado ocorre na região. Com atividade tão intensa, a usinagem de metais faz parte do cotidiano de muitas empresas do setor. Com isso há uma demanda intensa para reafiação de brocas e fresas de topo. Com a pressão por níveis de competitividade progressivamente maiores, as empresas locais procuram concentrar esforços em produzir com qualidade e a baixos custos. Deste modo, contar com um fornecedor que possa atender necessidades importantes, porém secundárias, como a reafiação e a fabricação de ferramentas especiais é uma vantagem da qual atualmente não se pode abrir mão.

Outro ponto importante, segundo Ronei Ferraro, gerente da fábrica, é que uma broca de metal duro escalonada, por exemplo, pode conjugar várias operações em um único avanço, permitindo ao cliente eliminar etapas de processo e produzir mais rápido, baixando custos e aumentando a produtividade. Atualmente agilizar o processo de fabricação é fundamental na melhoria de prazos e custos.

Ciente de que precisão e qualidade são pré-requisitos mínimos para quem deseja manter-se no mercado, a WM Tools percebeu que poderia se tornar mais atrativa oferecendo rapidez nos serviços. Fazendo parte do já mencionado cluster e estando próxima de uma série de indústrias metalúrgicas, está apta a fechar todo o ciclo dos serviços prestados em tempo recorde, fazendo da logística de reafiação, ou reconstrução de ferramentas, como gostam de citar, um ponto alto da empresa.  Ronei orgulha-se de que muitas ferramentas que reafiam acabam por render mais do que quando eram novas, dada a expertise acumulada devido a pesquisas e experimentos que realizaram ao longo de tempo. 

Entre as principais aquisições da empresa estão cinco máquinas afiadoras de cinco eixos programáveis. Essa tecnologia de operação é uma das soluções para a fabricação de brocas e fresas  com geometrias complexas em menor tempo de usinagem, menor custo de processo e melhor qualidade de acabamento. "A vantagem está na possível otimização do contato entre o rebolo abrasivo e a ferramenta de corte, devido a sua maior flexibilidade quanto ao programa de retificação, que é mais adapatdo à execução de superfícies complexas em relação a afiação convencional", resume Ronei.

A responsável pelo PCP (Planejamento e Controle da Produção) da fábrica, Pierina de Moura,monitora o tempo de usinagem das peças em cada etapa do processo. Ela sabe quantos dias ou horas um determinado item pode ficar em cada fase para que nada caia em atraso. O tempo médio de fabricação de uma ferramenta especial  é de um mês, desde a aprovação do orçamento e compra da matéria prima até a entrega ao cliente.

A preocupação com as medidas exatas começa com a análise do desenho técnico. A ferramenta chega a passar de 10 a 20 vezes pela mão de Pierina, para garantir que nada fique fora da medida ou do prazo. Um pequeno desvio de tolerância pode acarretar em grandes perdas. “Como trabalhamos com lotes pequenos, uma peça reprovada em um lote de cinco, significa uma perda de 20%” .Todas as etapas são acompanhadas de perto para que se garantam os prazos de entrega, desde o desenho, usinagem, retífica, tratamento de superfície e assim por diante. 

Para finalizar o trabalho há o polimento que além de melhorar a estética da ferramenta e facilitar o escoamento dos cavacos, reduz a possibilidade de desgastes prematuros.. O transporte das ferramentas também recebe cuidado especial e é feito numa caixa chamada de "WM Box", para garantir que não tenham contato umas com as outras, evitando possíveis avarias e nem se movimentem durante o transporte.

Entre os principais clientes da WM Tools, na região de Caxias do Sul, estão empresas como Lupatech, John Deere, Agrale, Maxi Forja, entre outras. "Como trabalhamos com ferramentas especiais precisamos estar próximo de nossos clientes e fazer o acompanhamento constante", explica o gerente. Ronei afirma que a meta é expandir aos poucos, contudo, já se estuda a possibilidade de exportação para a Argentina em futuro próximo.