Empresas optam por produção nacional para garantir financiamento

O crédito facilitado para aquisição de equipamento nacional fez a Gasparini apostar em um novo conceito de máquina dobradeira de menor porte. "O mercado de dobradeiras e guilhotinas já está muito saturado, então estamos apostando nas pequenas. Trouxemos uma italiana e agora vamos começar a fabricar outro modelo da empresa no Brasil", conta a gerente comercial Luciana Hoefel durante a 6ª Edição da feira Ferramental. O contrato de transferência do projeto já está fechado e a fabricação da nova máquina deve começar no início de 2012. Ela reconhece que não apenas as máquinas chinesas, como também as europeias estão chegando a um preço competitivo ao país, mas acredita que há mercado para o novo segmento e o câmbio baixo não deve durar muito.

A forte demanda das multinacionais presentes no País por equipamentos de medição por coordenadas 3D fez a Hexagon, multinacional do setor de medição, iniciar a nacionalização de parte das peças de montagem. Há três anos a fábrica em São Paulo começou a nacionalizar uma das linhas e hoje o produto atinge 60% de peças nacionais. A meta, segundo o vendedor Marcelo Silva é alcançar 65% até o final do ano. Outras linhas de medição 3D já estão no mesmo caminho e atingem 40% de componentes nacionalizados.

Para o gerente comercial da Calfran, Arilson Alves, além das linhas de financiamento, a assistência técnica são as vantagens que ainda seguram a indústria nacional da entrada de máquinas estrangeiras, principalmente chinesas. Com 100% da fabricação de peças no país, a reposição é feita em menos de uma semana em caso de problemas e os técnicos tem até 24 horas para chegar a fábrica.

No entanto a nova aposta da empresa é um produto importado do Japão. O braço de robô para corte de vigas com mobilidade de 80 centímetros em todas as direções. Há duas semanas houve as primeiras compras do equipamento que custa 2.5 milhões de reais e deve terminar de ser fabricado até o final do mês.


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