A Siemens do Brasil vai investir R$ 300 milhões na construção de duas novas fábricas em Itajubá, no sul de Minas Gerais. As unidades serão destinadas à produção de motores elétricos e redutores mecânicos, principalmente para mineração, siderurgia e as indústrias de óleo e gás e etanol e açúcar. A previsão da empresa é de que as unidades comecem a produzir no fim do ano que vem e estejam totalmente operacionais em cinco anos.
O presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, afirma que ainda não há previsão do volume de produção nas unidades, mas a estimativa é de que elas gerem um faturamento de R$ 300 milhões. Ele contou que a empresa já cuida dos "trâmites ambientais" para o início das obras.
Segundo o executivo, as fábricas, que serão construídas em uma mesma área de 200 mil metros quadrados, devem gerar 700 empregos diretos, podendo chegar a 1,1 mil postos de trabalho. A produção, a princípio, será destinada ao mercado interno. "Esperamos também que tenhamos competitividade suficiente para exportamos", disse.
O anúncio foi feito hoje, durante encontro de Adilson Primo com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), para confirmar protocolo de intenção de investimento firmado anteriormente. Segundo Anastasia, a atração das fábricas é resultado de uma política "empenhada em trazer novas empresas" para o Estado. "Em poucos dias, quantas e quantas empresas trouxemos para diversas regiões", comemorou. "No futuro, estamos ampliando cada vez mais nossa presença em Minas Gerais porque oferece condições competitivas", acrescentou Primo.
A Siemens já tem uma fábrica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o presidente da empresa, a escolha por Itajubá se deve à logística, já que a cidade fica a distâncias semelhantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além de benefícios oferecidos pelo município, Primo afirma que também pesou na escolha a "disponibilidade de mão de obra qualificada" que, na opinião do executivo, "é o grande tema do Brasil no futuro".
A construção das novas unidades faz parte de um plano de investimento de US$ 600 milhões da Siemens no Brasil até 2016 que inclui, entre outros, um centro de pesquisa e desenvolvimento no Rio de Janeiro. "São previsões que podem mudar drasticamente para melhor. Tudo vai depender de como a economia vai se desenvolver nos próximos anos", ressaltou Primo.
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