Deficit tecnológico do Brasil cresce 28% no 1º trimestre

É o que revela o primeiro levantamento da Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica), que passa a divulgar as informações trimestralmente. O indicador analisa a relação comercial do Brasil com o exterior de produtos e serviços de alta e média-alta tecnologia, seguindo os parâmetros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O grupo dos setores de média-alta tecnologia, que inclui a indústria automobilística, bens de capital e químicos, teve o maior saldo negativo, de US$ 10,9 bilhões.
 
"Os grupos de menor valor agregado vêm ganhando peso cada vez maior na pauta de exportações brasileira", diz Roberto Nicolsky, diretor-geral da Protec.
 
Dos US$ 51 bilhões vendidos ao exterior no primeiro trimestre deste ano, quase US$ 19 bilhões foram de produtos não industriais e outros US$ 12 bilhões do grupo de baixa tecnologia, segundo o levantamento.
 
No setor automotivo, o deficit comercial foi de US$ 1,5 bilhão, um terço do saldo negativo do setor em todo 2010. A Protec prevê deficit recorde para o final do ano, de cerca de US$ 110 bilhões, ante os US$ 85 bilhões de 2010.

Frente Parlamentar da Pesquisa e Inovação é lançada

A nova Frente Parlamentar da Pesquisa e Inovação (FPPI) foi lançada nesta quarta-feira (15/6), no Senado Federal. Composto por mais de 200 parlamentares de todo o país, o grupo tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento da legislação federal com foco na Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), assim como promover a alocação de recursos orçamentários para o setor.

A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (Abipti) responderá pela secretaria executiva da frente, que será coordenada pelo deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG). A Abipti representa mais de 200 entidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A FPPI será uma associação suprapartidária com pelo menos um terço de membros do Poder Legislativo Federal, destinada a promover o aprimoramento da legislação federal sobre pesquisa e inovação. Um dos objetivos é que a instância se estabeleça como um canal permanente de comunicação com as organizações do setor. A frente organizará a agenda legislativa da pesquisa e da inovação e buscará promover e intervir no desenvolvimento de políticas públicas, visando o fortalecimento da pesquisa e maior desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

Outras atribuições da FPPI serão a manutenção de um canal permanente de comunicação com as organizações que formam a cadeia brasileira de pesquisa e inovação; o fortalecimento e a consolidação da presença e do posicionamento dessas entidades no Congresso Nacional; e a promoção da alocação de recursos orçamentários e financeiros para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.