Investimento em inovação traz retorno à Romi

Com o maior estande da 13ª Feimafe, a Romi colocou em exposição um total de 18 lançamentos distribuídos em mil metros quadrados. Para o diretor de comercialização da empresa, Hermes Lago, a quantidade de lançamentos traduziu os investimentos em inovação realizados. A Romi investe em média 4% da Receita Operacional Líquida (ROL) em Pesquisa e Desenvolvimento. Trabalham na empresa 260 engenheiros, projetistas e técnicos, nas áreas de desenvolvimento de produto, qualidade e métodos. Em 2010, 65% da receita da empresa foi gerada pela venda de produtos desenvolvidos nos últimos três anos.

Apesar da pratica de investimentos da Romi em inovação, o diretor de comercialização reconhece que esse tipo de investimento ainda é pouco praticado pela indústria brasileira. Para ele, os motivos são as baixas margens de lucro e, principalmente, a instabilidade da economia brasileira até poucos anos atrás que não permitia pensar em investimentos à longo prazo.

Hermes LagoMesmo com os constantes anúncios dos déficits da indústria de máquinas ferramenta do Brasil, a Romi tem alcançado bons resultados. De acordo com o relatório do último quadrimestre de 2010 divulgado pela empresa, o ano de 2010 foi marcado por uma forte retomada do consumo e da atividade industrial. Tal retomada foi sustentada pela política de oferta de crédito direcionada ao mercado de bens de capital do Governo Brasileiro, via BNDES por meio do programa PSI (Programa de Sustentação do Investimento) o que favoreceu todo o mercado, proporcionando à Romi um forte crescimento de receita, de 41,7% no ano. Para 2011 a expectativa é otimista, especialmente no que tange ao nível de emprego, crédito e consumo.

Para o diretor de comercialização, a questão do câmbio apenas tornou mais evidente os problemas que há muito tempo vem prejudicando a indústria nacional, traduzidas no chamado custo Brasil. Lago informa que só o ICMS e PIS/Cofins que representam 17% do custo total das máquinas e reclama que estes impostos só deveriam incidir no produto final,  não em cascata . “Quando não havia o problema do dólar, já tínhamos o problema com o custo Brasil, agora o câmbio valorizado, evidencia esses problemas.” Para Lago, muito dinheiro “se perde” na deficiência de infraestrutura do país e nos impostos. Ainda de acordo com o diretor, a diminuição dos custos de importação foi o que aliviou as contas da indústria nacional. A Romi importa a parte eletrônica, servo-motores e CNC.


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