A falta de incentivos para o setor e na educação, o baixo câmbio e os altos impostos cobrados no Brasil foram o foco da coletiva de abertura da 13ª Feimafe, iniciada ontem, no Centro de Exposições do Anhembi em São Paulo.
O presidente do Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferros, Metais e Ferramentas em Geral em SP, Milton Rezende apresentou uma comparação entre o último quadrimestre do ano passado e o primeiro de 2011 e mostra que o número de importação de máquinas-ferramenta cresceu 57% nesse período, principalmente da Alemanha, China e Itália. A Starrett, empresa de medição e da qual Rezende é diretor comercial, migrou o segmento de instrumentos de medição para serem produzidos na China.
De acordo com dados do Sinafer, a indústria de ferramentas teve uma queda de 8,4% no ritmo de produção no primeiro trimestre de 2011, quando comparado com igual período de 2010. Em comparação com 2007, esse número alcança 23%.
O diretor de Relações Insitituicionais da Romi e da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, André Romi, frisou que isso não significa a volta de um país fechado para importações como ocorrido na década de 80. “Não queremos um país fechado, queremos isonomia, igualdade de condições para competir”. Romi também apresentou dados da participação do Brasil no setor de máquinas-ferramenta e ferramentas. Em 2010, o País ficou na oitava posição entre os fabricantes de máquinas-ferramentas e ferramentas, produzindo um total de US$ 8,37 milhões. Em primeiro lugar, e com grande vantagem, está a China com uma produção que alcança US$ 20 milhões. Entre os principais destinos das exportações brasileiras no setor estão Alemanha (14%), França (13%) e EUA(12%). México e China vêm logo atrás, com 8%.
Romi também ressaltou como gargalo da indústria a falta de investimentos em educação no País. Tema abordado por Hiçao Misawa, diretor de comercialização de máquinas Romi e membro da Comissão Feimafe. Misawa destacou a parceria deste ano com o Senai e o estande que conta a história dos avanços tecnológicos das máquinas ferramentas e da entidade. O estande está dividido em três períodos de destaque, 1942 a 60, depois até 85 e de lá aos dias atuais. Os visitantes poderão ver as máquinas em operação pelos alunos dos cursos técnicos de Mecânico de Usinagem e Ferramenteiro do Senai que aproveitam para fazer atividades de aula e testar a manufatura de peças para uma competição mundial.
A diretora da Feira, Liliane Bortolucci abriu a coletiva com dados da Feimafe, a maior já realizada até então, em que estão expostas 1341 marcas, de 32 países, sendo 45% empresas do ramo de metalurgia/automação.
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