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A produção industrial subiu 0,5% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção alcançou em março o patamar mais elevado desde o início da série histórica do IBGE. O resultado ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que estimavam desde uma queda de 1,70% a uma expansão de 1,30%, com mediana de 0,30%.
Já na comparação com março de 2010, a produção da indústria brasileira caiu 2,1%. Nesta comparação, as estimativas variavam de um recuo de 4% a uma alta de 2,3%, com mediana negativa de 2,5%. Até março, a produção industrial acumula altas de 2,3% no ano e de 6,8% em 12 meses. Os técnicos do IBGE vão conceder entrevista daqui a pouco para comentar os resultados. A comparação trimestral da produção industrial mostra que o setor prossegue em expansão, com alta de 1,3% frente ao trimestre imediatamente anterior.
"A indústria sai de um comportamento praticamente estável nos últimos trimestres no ano anterior para alta em todos os setores nos três primeiros meses de 2011", disse o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luiz Macedo. Na comparação com trimestre imediatamente anterior, o índice da indústria tinha registrado recuo de 0,4% no terceiro trimestre de 2010, ante o segundo, e ficado estável no quarto trimestre do ano passado, ante o terceiro.
No primeiro trimestre de 2011, todas as categorias de uso registraram alta, com destaque para produção de bens de consumo duráveis, que teve expansão de 5,7%, e a produção de bens de capital, com alta de 5,1%. Os resultados do trimestre anterior foram mais modestos, altas de 2,2% e 0,6%, respectivamente. "A causa para a aceleração foi a manutenção das demandas das famílias, do mercado de trabalho e das demandas por crédito, que acabam influenciando principalmente os bens de consumo", explicou Macedo.
Setores
O aumento no ritmo de atividade em março, comparativamente a fevereiro, foi observado em 13 dos 27 setores pesquisados, com destaque para material eletrônico e equipamento de comunicações (10,1%), que anulou a perda de 3,1% vista no mês anterior. Outros setores também mostraram aumento de ritmo, como máquinas e equipamentos (1,8%), calçados e artigos de couro (9,2%), outros equipamentos de transporte (3,6%), produtos de metal (2,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,9%).
A principal pressão negativa veio do setor de alimentos (-3,9%), seguido por equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-9,2%), indústrias extrativas (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,0%) e bebidas (-2,8%).
O índice de média móvel trimestral da indústria fechou o mês de março em alta de 0,9% ante +0,5% do trimestre encerrado em fevereiro.
Bens de capital
A produção de bens de capital cresceu 3,4% em março ante fevereiro, mas registrou recuo de 0,1% ante março de 2010, informou o IBGE. No acumulado do ano, a alta é de 8,4% para bens de capital e em 12 meses, de 16,5%.
Bens intermediários
Por categorias de uso, os números da produção industrial mostraram queda de 0,2% para os bens intermediários em março ante fevereiro e recuo de 0,4% ante março de 2010.
Já os bens de consumo registraram expansão de 1,2% em março ante fevereiro, ao mesmo tempo em que recuaram 4,1% na comparação com março de 2010. Dentro da categoria de bens de consumo, os duráveis mostraram alta de 4,1% em março ante fevereiro e queda de 5,2% na comparação com março de 2010; os semiduráveis e não duráveis indicaram alta de 1,0% em março ante fevereiro e queda de 3,7% ante março de 2010. A produção de bens de capital cresceu 3,4% em março ante fevereiro, mas registrou recuo de 0,1% ante março de 2010.
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