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Com o aumento contínuo de preços de combustíveis fósseis, a Boeing busca acelerar a transição da indústria de aviação para os biocombustíveis, liderando um esforço de simplificação de padrões de certificacão para eles.
A fabricante de aviões anunciou ter feito uma parceria com a Ecole Polytechnique Federale de Lausanne (EPFL) para lançar o Consórcio da Biomassa Sustentável (SBC), um grupo que pretende tornar mais barato para companhias de transporte aéreo e outros usuários de biocombustível desenvolver e aderir a padrões efetivos.
As organizações vão trabalhar juntas com grupos ambientais e governos para "ajudar a alinhar requisitos regionais e de regulamentação", segundo a Boeing, acrescentando que também querem tornar mais fácil que fontes de biocombustível possam ser independentemente verificadas como sustentáveis.
"Com as crescentes pressões ambientais, regulatórias e sociais sobre a aviação, é crucial ter padrões harmônicos para biocombustíveis sustentáveis", afirmou Billy Glover, vice-presidente de políticas ambientais e de aviação da Boeing Commercial Airplanes.
"Nossa indústria precisa destas fontes de combustível e este consórcio ajudará a assegurar que temos um meio transparente de colaborar com processos de certificação que nos guiem para um futuro mais sustentável", disse ele.
A iniciativa da Boeing coincide com esquemas regionais de certificação de biocombustível. Em junho último, por exemplo, a Diretiva de Energia Renovável da União Européia divulgou regras sobre como a certificação deve ser implementada. Pediu garantias de que biocombusíveis não provenham de florestas, pântanos e áreas de proteção natural, exigindo ao mesmo tempo que os biocombustíveis ofereçam diminuições significativas de emissões de gases estufa. Além disso, o Centro de Energia da EPFL já estabeleceu a Mesa Redonda dos Biocombustíveis Renováveis, que foca na criação de padrões globais de produção, informa o Business Green.
Os conflitos no Oriente Médio contribuíram para um aumento alarmante do preço de combustíveis, tornando importante que empresas aéreas, que já operam com margens pequenas, os comprem de outras fontes. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo, os preços de combustíveis de jatos subiram 11% este mês, em comparacão com o mês anterior, e 47% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
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