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Até o fim desta semana, a Associação Brasileira de Fundição (Abifa) vai se encontrar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para solicitar a elevação da alíquota de importação de 14% para 35% para peças automotivas. Segundo o presidente da Abifa, Devanir Brichesi, a medida trará competitividade para o setor, que tem sofrido com a importação de peças, principalmente vindas da China e trazidas pela indústria automobilística.
O presidente da Abifa crê que, para o setor acompanhar as taxas de crescimento do país, será preciso fazer uma intervenção no câmbio, assim como elevar a tarifa de importação, no patamar de 14% atualmente. "Temos capacidade instalada para produção de 4,4 milhões de toneladas/ano, mão de obra capacitada, energia e os melhores minérios. Somos potenciais exportadores. Nossa meta é voltar ao patamar de meados de 2008, onde as exportações brasileiras de fundidos estava em 22%" conta Devanir.
Segundo a Abifa, na evolução da produção total do setor, o crescimento foi de 15% em comparação ao ano passado, porém abaixo do PIB no período que atingiu 26,5%, e da variação do setor automotivo que cresceu 51%. "Estamos preocupados com o crescimento da produção abaixo do PIB e inferior ao automotivo", conta Devanir.
De acordo com Devanir, a alta do setor automotivo se dá graças ao grande volume de importações de peças. "A proposta é elevar de 14% para 35% a alíquota de importação especialmente para peças automotivas" explica o presidente.
A indústria de fundição brasileira produziu no mês de passado, 288,3 mil toneladas de fundidos, crescimento de 35,2% em comparação a setembro do ano de 2009. Em comparação ao mês de agosto a variação ficou negativa em 2,2%.
No acumulado, de janeiro a setembro a produção de metal somou cerca de 2,5 milhões de toneladas. A estimativa da Abifa é de fechar 2010 com produção de 3,250 milhões de toneladas de fundidos, com aumento de 35% sobre o ano passado e variação negativa de 3% em comparação a 2008, onde a indústria alcançou picos na produção. As exportações representaram 13,1% da produção de janeiro a setembro, com 214,3 mil toneladas negociadas no mercado externo, e variação de 48% sobre igual intervalo de 2009. Segundo Devanir, outra preocupação do setor de fundição para os próximos meses, será o reajuste salarial. "O repasse terá que ser imediato para os preços dos produtos, para não comprometer a competitividade do Brasil", diz ele.
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