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A retomada das exportações depois da crise econômica e o aquecimento das vendas dentro do país fizeram com que diversos segmentos da indústria registrassem crescimento de dois dígitos em junho na comparação com o ano anterior, quando comparados a igual mês do ano anterior.
O pessoal ocupado na indústria de calçados e couro no Nordeste, por exemplo, avançou 16,07% no período. No Ceará, que costuma ser o segundo Estado brasileiro que mais exporta (em quantidade), o nível de emprego cresceu 14%. O Norte e Centro-Oeste teve alta de 39%.
Heitor Klein, da Abicalçados (associação dos fabricantes nacionais), afirma que o emprego no setor está muito perto de alcançar níveis tão altos quanto os de 2003, quando o câmbio favorável e a conjuntura externa beneficiaram os fabricantes nacionais.
Entretanto, Klein diz que, apesar da melhora, o valor exportado neste ano ainda está atrás do patamar registrado antes da crise internacional.
O setor de produtos de metal - exceto máquinas e equipamentos - também registrou avanço expressivo. Em 9 dos 14 locais pesquisados houve incremento superior a 10% do pessoal ocupado em junho na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No Rio de Janeiro, o avanço do segmento foi de 33%.
Esse crescimento tão expressivo também se deve à base de comparação depreciada. Em junho do ano passado, o país ainda sofria de forma intensa os efeitos da crise global.
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