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Um automóvel sem motorista está viajando por um percurso de mais de 13 mil quilômetros da Itália até a China como parte de um projeto para testar a eficiência de novas tecnologias de pilotos automáticos.
O carro partiu de Milão, na Itália, e viajará por três meses até chegar a Xangai, no dia 10 de outubro, completando a histórica Rota da Seda.
Pelo caminho, o veículo passará por diversos países, inclusive por regiões desérticas na Sibéria e na China.
O carro usado é um veículo comum, com um motorista automático acoplado à direção e aos pedais do acelerador e do freio. O sistema foi desenvolvido pelo Laboratório de Visão Artificial e Sistemas Inteligentes da Universidade de Parma (VisLab), na Itália.
Motorista automático
O piloto, ou motorista automático, é abastecido com energia gerada por painéis solares instalados no teto do carro.
O sistema opera com câmeras, lasers e computadores para evitar a colisão com obstáculos e outros veículos ao longo do caminho.
A velocidade máxima que será testada é de 100 quilômetros por hora. Como o carro passará por alguns lugares que não foram mapeados, os engenheiros resolveram fazer um comboio com dois veículos.
Um carro guiado por um motorista segue na frente, tomando as decisões de rota e repassando as informações do seu GPS para o veículo guiado por piloto automático.
Por questões de segurança, o carro sem motorista também leva sempre dois tripulantes a bordo, no banco de trás. Eles podem desligar o piloto automático e assumir o controle do carro, caso algum problema ocorra no caminho.
Tecnologias embarcadas
Várias tecnologias desenvolvidas pela VisLab estão sendo testadas no projeto:
"O que queremos fazer é 'estressar' nossos sistemas, para ver como eles se comportam em ambientes reais, com clima real, tráfego real e pessoas malucas que atravessam na frente do carro ou cortam o seu caminho com seus veículos", disse Alberto Broggi, cientista que liderou o projeto.
O projeto - chamado de VisLab Intercontinental Autonomous Challenge - vai coletar mais de 100 terabytes em dados para análise posterior. O VisLab recebeu US$ 2,3 milhões do instituto European Research Council, que financia projetos de pesquisa.
Apesar dos avanços no sistema, Broggi acredita que carros sem motoristas só chegarão ao mercado daqui a 20 anos, já que ainda falta fazer muita pesquisa.
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