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Antes deixada em lixões, parte das cédulas de dinheiro que o Banco Central joga fora terão agora um novo destino: serão adubo na Amazônia.
A proposta partiu de um funcionário do banco em Belém (PA), que por acaso cursa também agronomia na UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia).
Depois de mais de três anos de testes e negociações, o banco, a universidade, o governo do Pará e o sindicato de servidores do banco assinaram na semana passada um convênio de R$ 100 mil para desenvolver o projeto.
Inicialmente, serão usadas 11 toneladas de notas que o banco tritura todo mês na região Norte. Elas equivalem a aproximadamente R$ 17 mil.
Com isso, as cédulas, que contêm metais pesados, deixarão de ir para aterros sanitários ou ser queimadas, como já foi feito.
O adubo terá, além de dinheiro, restos de grama seca (chamada de palhada) e de outros vegetais, que se tornam lixo no Ceasa de Belém.
A potência do composto, disse Carlos Costa, professor de ecologia da UFRA que coordena o projeto, é comparável à das fezes da galinha, e superior à do esterco bovino.
"Isso é inédito no mundo. Acho que deve incentivar outros bancos centrais a fazer", afirmou Costa sobre a ideia, que será patenteada.
O adubo deve, dentro de um ano, começar a ser distribuído para pequenos produtores rurais de cidades próximas a Belém.
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