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A Sondagem de Investimentos da Indústria, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, identificou que também os fabricantes de máquinas e equipamentos querem ampliar sua capacidade de produção. A pesquisa dividiu as intenções de investimento por setor e identificou que cerca de 41% das indústrias de bens de capital pretendem expandir a capacidade produtiva este ano, percentual que chegava a apenas 20% em 2009. De acordo com a pesquisa, o setor também bateu recorde entre as empresas sem planos de investimento - as indústrias de bens de capital que não vão investir somam apenas 7%. O recorde anterior, registrado em 2008, era de 14%.
"A recuperação do setor de bens de capital consolida totalmente a recuperação da indústria brasileira, não só em termos de produção, mas de retorno ao investimento. Isso mostra que todas as fases estão recuperadas", explicou Aloísio Campelo, coordenador de sondagens conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre).
Outro recorde foi registrado pelo setor de bens duráveis de consumo. Muito voltados para o mercado interno, com a produção de eletrodomésticos de linha branca, as empresas de bens duráveis que desejam expandir a capacidade produtiva chegam a 56% do total, enquanto no ano passado somavam apenas 36%. "Ainda estamos influenciados pela aceleração bem mais forte dos segmentos voltados ao mercado interno, que puxam os investimentos em expansão da capacidade produtiva", disse Campelo.
Os não duráveis também tiveram grande avanço, passando de 23% para 40%. E as indústrias de bens intermediários que desejam ampliar a capacidade produtiva passaram de 19% para 39%.
Entre os setores de uso, o de materiais de transporte - que inclui tanto montadoras como autopeças - foi o de maior percentual entre as empresas que estimam investir prioritariamente em expansão de capacidade produtiva. No setor, 96% das empresas planejam investir, sendo que 60% são para expansão da capacidade. Este é o segundo maior percentual, atrás apenas do registrado em 2008, quando foi de 68%.
Outro setor de destaque em expansão de capacidade produtiva foi o de materiais elétricos e telecomunicações, que inclui eletrodomésticos, eletroeletrônicos, televisores e celulares, registrou 39% das empresas buscando expansão da capacidade produtiva.
No conjunto da pesquisa, 40% das empresas ouvidas apontaram a ampliação da capacidade como a principal razão dos investimentos em andamento ou planejados. Esse é o segundo melhor resultado da série histórica iniciada em 1998, atrás apenas de 2008, quando o percentual chegou a 50%. Por outro lado, a participação de empresas sem programa de investimentos para este ano é de 14%. Este é o menor percentual da história, empatado com 2007 e 2008.
Para Campelo, quando uma empresa investe em aumento da capacidade de produção é porque vislumbra um crescimento sustentado por mais tempo, não deve ser pontual. O objetivo de expandir as plantas industriais seria reflexo da melhora do cenário econômico a partir do segundo semestre do ano passado, quando a ociosidade das plantas foi reduzida.
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