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Os financiamentos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aquisição de máquinas e equipamentos atingiram níveis recordes no acumulado de janeiro a abril de 2010, tanto em valores desembolsados quanto em número de operações, divulgou o banco, ontem, por meio de nota.
O BNDES Finame - subsidiária para financiamentos à produção e compra de máquinas e equipamentos - contribuiu com 44% do total de desembolsos realizados pelo BNDES entre janeiro e abril de 2010, os quais somaram R$ 35,7 bilhões, isto é, alta de 34% sobre o total liberado no primeiro quadrimestre de 2009.
De janeiro a abril, foram disponibilizados R$ 15,6 bilhões em créditos à aquisição de bens de capital por meio da linha BNDES Finame, o que representa expansão de 133% na comparação com os mesmos meses do ano passado (R$ 6,7 bilhões), envolvendo 67,5 mil operações. Ou seja, foram feitas mil operações por dia útil, acima da média histórica de 340 operações diárias (crescimento de 194%), no âmbito do BNDES Finame. Segundo a nota do banco, a principal razão para esses resultados é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), aprovado em junho do ano passado, com financiamento a máquinas e equipamentos com taxas de juros fixas.
O professor de administração da ESPM, Adriano Gomes, comenta que o resultado sobre o crédito para compra de máquina e equipamento é um fato positivo à medida que mostra que as empresas estão renovando seu parque industrial. "Os números apresentados pelo BNDES é reflexo da economia em ritmo de crescimento em torno de 7%", diz.
Sobre o total dos primeiros quatro meses de 2010, as aprovações dos financiamentos atingiram R$ 38,5 bilhões (alta de 30%), os enquadramentos registram R$ 46 bilhões, e as consultas, R$ 54,4 bilhões. Segundo a nota, "os dois últimos indicadores tiveram recuo de 32% na comparação com janeiro a abril de 2009, devido unicamente ao efeito do empréstimo de R$ 25 bilhões feito a Petrobras, que deu entrada no Banco em abril do ano passado e que não se repetiu em 2010".
No primeiro quadrimestre deste ano, o setor de infraestrutura ocupou R$ 14,1 bilhões em desembolsos do BNDES, cujo valor foi 41,3% superior em relação aos R$ 9,9 bilhões liberados no mesmo período de 2009. Segundo a nota, o crescimento foi puxado pelo segmento de transporte rodoviário (R$ 7,6 bilhões). De acordo com o Banco, foram desembolsados R$ 10,5 bilhões entre janeiro e abril em benefício à indústria, com destaque para alimentos e bebidas (R$ 3,2 bilhões), material de transporte (R$ 1,5 bilhão) e mecânica (R$ 900 milhões). No setor da agropecuária, "em fase de recuperação", o BNDES liberou, no mesmo período, R$ 3,4 bilhões (alta de 100,6%). O setor de comércio e serviços também apresentou elevação expressiva na comparação, de 144% para R$ 7,5 bilhões de desembolsos.
O professor da ESPM, no entanto, afirma que, apesar dos números de desembolsos realizados neste ano serem positivos, o investimento no Brasil, principalmente no setor de máquinas e equipamentos, é tardio. "Dos países do BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China], somos [Brasil] o menor em número de investimentos. Enquanto a China apresentou um patamar de 42% em 2009, nosso total gira em torno de 16%", alerta Gomes.
Em abril
Somente em abril, o BNDES liberou créditos totais de R$ 10,2 bilhões em financiamentos, ou seja, 28% maior do que no mesmo mês de 2009 (R$ 7,9 bilhões).
No quarto mês de 2010, as aprovações de empréstimos atingiram R$ 11,6 bilhões (alta de 26%). Segundo o banco, o bom resultado foi puxado pelos segmentos de química e petroquímica (R$ 3 bilhões aprovados) e alimento e bebida (R$ 750 milhões).
Os enquadramentos subiram 8% em abril para 13,4 bilhões. Já as consultas, caíram 62%, passando de R$ 21,6 bilhões para R$ 8,1 bilhões dentro do período comparado. "A entrada no BNDES de uma parcela do pedido de financiamento à Petrobras, pressionou o resultado."
Em 12 meses
Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, a nota do BNDES revela desembolsos de R$ 146,4 bilhões, valor 58% maior que o registrado em igual período do ano anterior, considerando o empréstimo à Petrobras. Sem a operação da Petrobras, os desembolsos em 12 meses, até abril, cresceram 31%. As aprovações de crédito ficaram em R$ 179 bilhões (alta de 55%), "mostrando vigor no nível de investimentos do País". As consultas mantiveram-se estáveis em R$ 199 bilhões.
De acordo com Gomes, é possível que o número de pedidos de financiamentos reduza, isto porque a confiança do empresário apresenta índices mensais no mesmo patamar. Dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelaram que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) teve queda de 0,6 pontos em maio.
A renovação do parque fabril brasileiro está a todo vapor. A produção industrial registrou pequena queda em abril, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas a produção de máquinas e equipamentos registrou alta de 47,8% na comparação com o mesmo mês de 2009. A produção industrial, segundo o IBGE, caiu 0,7% na comparação com março.
Outro sinal deste aumento na demanda por máquinas está nos desembolsos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O BNDES Finame - subsidiária para financiamentos à produção e compra de máquinas e equipamentos - liberou R$ 15,6 bilhões entre janeiro e abril de 2010, um incremento de 133% em relação ao mesmo período de 2009. Foram feitas 67,5 mil operações, ou seja, mil operações por dia útil, muito acima da média histórica de 340 operações diárias (crescimento de 194%).
O crédito para compra de máquinas e equipamentos respondeu por 44% do total de desembolsos feitos pelo banco de fomento no período, de R$ 35,7 bilhões. Segundo nota do banco, a principal razão originadora desses resultados é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), aprovado em junho de 2009, que oferece financiamentos com taxas de juros fixas.
Os números do BNDES mostram que as aprovações atingiram R$ 38,5 bilhões (alta de 30%), os enquadramentos registram R$ 46 bilhões, e as consultas, R$ 54,4 bilhões.
Segundo o banco, "os dois últimos indicadores tiveram recuo de 32% na comparação com janeiro a abril de 2009 devido unicamente ao efeito do empréstimo de R$ 25 bilhões feito à Petrobras, que deu entrada no Banco em abril do ano passado e que não se repetiu em 2010".
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