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Imagens: Divulgação
Dezesseis por cento dos trabalhadores da indústria no Brasil têm uma percepção negativa de sua própria saúde; 20% têm também sentimento negativo sobre sua qualidade de sono e 45% não realizam qualquer atividade física no lazer.
Os dados foram obtidos a partir de um estudo sobre estilo de vida e hábitos de lazer entre trabalhadores de indústrias brasileiras. A pesquisa mostra que as mulheres estão mais expostas ao estresse e à inatividade física no lazer. Os homens ao tabagismo, alcoolismo, excesso de peso e hábitos alimentares inadequados.
O estudo foi desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde (NuPAF), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A coleta de dados, realizada entre 2006 e 2007, envolveu 23 estados e o Distrito Federal, abrangendo 2.775 empresas e 47.886 trabalhadores.
Na pesquisa, foram investigados quesitos como exposição ao fumo e consumo de bebidas alcoólicas; percepção do nível de saúde; percepção de estresse; atividades físicas habituais e práticas de lazer; prevalência de sobrepeso e obesidade, além de hábitos alimentares.
A pesquisa permite identificar dados por estado, por região e porte da empresa. Um relatório final foi publicado em 2009 e está fornecendo subsídios para que a indústria invista em ações de promoção da saúde, informando, motivando e criando oportunidades e ambientes favoráveis à adoção de estilos de vida saudáveis.
A partir do diagnóstico, por sugestão da equipe de pesquisa da UFSC, o SESI criou um programa de promoção de estilos de vida saudáveis para trabalhadores e familiares - o Lazer Ativo. Os dados também são úteis nas ações do SESI ligadas ao Programa Indústria Saudável.
Na análise dos dados, a equipe responsável avalia que alguns indicadores são positivos, quando comparados com dados da população brasileira em geral. Entre eles, a baixa prevalência do tabagismo e a percepção positiva de saúde e bem-estar no trabalho e no lar.
O cenário mostra também grande potencial para que as indústrias incentivem a atividade física em atividades de lazer. “O grande desafio para profissionais e pesquisadores que atuam na promoção da atividade física, visando uma melhor condição de saúde da população, é exatamente promover o que chamamos de lazer ativo numa sociedade que se transformou num verdadeiro paraíso do lazer passivo. Há uma concorrência desleal do lazer eletrônico e dos mecanismos poupadores de energia, mas é o nosso trabalho mostrar que dançar, caminhar no parque, jogar bola ou pedalar, pode ser tão agradável quanto sentar para ver TV ou no computador – e muito mais saudável”, destaca o professor da UFSC Markus Nahas, coordenador do estudo e do Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde.
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