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Automatizar ou não automatizar? Eis a questão do mundo moderno. A linha de produção de uma indústria precisa cada vez menos de mão de obra humana. Máquinas, robôs, computadores resolvem problemas com rapidez e eficácia que muitas vezes seriam difíceis de solucionar pelo homem.
Em algumas fases do processo de fabricação a automação é essencial, é o caso da usinagem e injeção. Já nas fases de montagem e inspeção esta se torna uma escolha da empresa, que pode optar pela mão de obra humana. Algo que ajuda nesta decisão é saber que a produtividade de um setor automatizado é cerca de 98%, enquanto com a utilização de pessoas fica em torno de 85%. Claro que colocar máquinas no processo também tem suas desvantagens, e as duas principais são o alto investimento inicial nos bens de capital e o desemprego gerado pela não-necessidade de pessoas no processo.
No entanto, o que parece desfavorável para a política econômica também ajuda em seu desenvolvimento. Mesmo gerando o desemprego em um primeiro momento, a automação baixa o custo do produto final, tornando-o mais competitivo e estimulando a expansão do mercado, reempregando os trabalhadores. O que acontece no processo de automação, em relação a mão de obra, são dois fatores: a mudança da oportunidade de emprego do setor industrial para o setor do comércio e a exigência de mão de obra cada vez mais especializada para a indústria.
Um levantamento da US Bureau of labor statistics (Escritório de estatísicas de trabalho dos EUA) mostra quais áreas empregarão menos em 2016. O ofício que apresentará maior queda na quantidade trabalhadores será o de operadores de máquinas de metal e plástico. Com 516 mil funcionários em 2006, dez anos depois a previsão é de uma queda de 14,9%.
Segundo pesquisas, essas mudanças ocasionadas pela automação industrial ainda colaboram para a melhoria da qualificação profissional, a realização de trabalhos menos repetitivos, diminuição da jornada de trabalho, mais tempo livre para os funcionários, motivação para a qualificação e ainda desenvolvimento da economia.
Já quando se trata do alto custo necessário para automatizar um setor é preciso lembrar que uma máquina pode trabalhar 24 horas diárias, enquanto a jornada de trabalho de um funcionário é de oito horas. Além disso, ainda tem os gastos com salário, benefícios, férias, afastamentos e sindicatos, enquanto a máquina tem o custo fixo de implantação, manutenção preventiva e manutenção corretiva.
Por uma boa imagem
A automação industrial, quando bem planejada, evita gargalos em pontos de inspeção e montagem e ainda proporciona informações em tempo real sobre o processo, que auxiliam na tomada de decisões. A diminuição na quantidade de produtos defeituosos e a rígida inspeção de uma máquina, com poucas chances de erro, também favorecem a qualidade da produção, aumentando a credibilidade da marca.
Ao reduzir os riscos de falha humana também melhora a preservação da imagem da empresa. De maneira geral, o índice de automação influencia na avaliação feita por clientes quanto ao compromisso e qualidade da marca.
Outro ponto determinante na lucratividade de uma empresa é o seu market share. Na maioria das situações, as empresas que atingiram os maiores níveis de market share são consideradas mais lucrativas do que as que possuem menor participação no segmento.
Estratégias de marketing, diferenciação do produto e entendimento das necessidades dos clientes, são fatores importantes para ganhar market share. Entretanto, o principal fator está relacionado à capacidade da empresa de fornecer grandes quantidades de produtos com alta qualidade e preços competitivos, o que normalmente requer alto grau de automação, que proporciona menores custos unitários, qualidade uniforme, melhorias na entrega e precificação estratégica.
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