Notícias
Para evitar a poluição do meio ambiente e a contaminação de seres vivos, incluindo o homem, a indústrias não pode despejar seus dejetos no lixo comum, sem passar por tratamentos e cuidados especiais.
Quem define os parâmetros para tratamento desses resíduos é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Segundo as normas da instituição, resíduos sólidos industriais são aqueles resultantes deste setor de atividade, incluindo lodos e determinados líquidos, cujas características tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água ou que exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis.
Os resíduos são classificados em três classes: perigosos, não-inertes e inertes (para saber mais sobre a classificação, acesse a notícia Resíduos Industriais x Meio Ambiente). Os dois primeiros exigem atenção especial por serem tóxicos e/ou contaminantes.
De maneira geral, quando se fala em tratamento de resíduos industriais, busca-se transformá-los em resíduos inertes ou reaproveitá-los para reutilização. É difícil definir qual o melhor tratamento para cada tipo de resíduo, devido à sua diversidade, por isso se torna necessário a realização contínua de pesquisas e de desenvolvimento de processos economicamente viáveis.
Atualmente, os principais métodos para amenizar os efeitos desses dejetos são a incineração, os aterros industriais e a reciclagem.
A incineração é um processo de queima controlada na presença de oxigênio, no qual os materiais à base de carbono são reduzidos a gases e materiais inertes (cinzas e escórias de metal) com geração de calor. Esse processo permite a redução em volume e peso dos resíduos sólidos em cerca de 60 a 90%. Normalmente, o excesso de oxigênio empregado na incineração é de 10 a 25% acima das necessidades de queima dos resíduos.
Um incinerador é um equipamento composto por duas câmaras de combustão, onde, na primeira câmara, os resíduos sólidos e líquidos são queimados à temperatura variando entre 800 e 1 mil °C. Na segunda câmara, os gases provenientes da combustão inicial são queimados a temperaturas da ordem de 1,2 mil a 1,4 mil °C.
Os gases da combustão secundária são rapidamente resfriados para evitar a recomposição das extensas cadeias orgânicas tóxicas e em seguida tratados em lavadores, ciclones ou precipitadores eletrostáticos, antes de serem lançados na atmosfera através de uma chaminé.
Como a temperatura de queima dos resíduos não é suficiente para volatilizar os metais, estes se misturam às cinzas, podendo ser posteriormente separados destas e recuperados para comercialização.
Para os resíduos tóxicos contendo cloro, fósforo ou enxofre, além da necessidade de maior permanência dos gases na câmara (cerca de dois segundos), são necessários sofisticados sistemas de tratamento para que estes possam ser lançados na atmosfera.
Já os resíduos compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio necessitam somente um sistema eficiente de remoção do material particulado expelido juntamente com os gases da combustão.
Os tipos de fornos de incineração mais comuns são os de grelha fixa, de leito móvel e o rotativo.
Continua depois da publicidade |
As principais vantagens da incinerção são a garantia da eficiência de tratamento, quando em perfeitas condições de funcionamento, e a redução substancial do volume de resíduos a ser disposto (cerca de 95%). No entanto, é um método operacional caro e com manutanção de alto custo, difícil e que exige trabalho constante de limpeza no sistema de alimentação de combustível auxiliar (exceto se for utilizado gás natural).
No processo de incineração também existe o risco de contaminação do ar devido a geração de dioxinas na queima de materiais clorados, além da contaminação do ar pela emissão de materiais particulados. O tratamento dos efluentes gasosos e líquidos (águas de arrefecimento das escórias e de lavagem de fumos) também são muito altos.
A incineração também não resolve integralmente o problema da destinação dos resíduos, sendo necessário providenciar uma disposição final adequada para as cinzas e para o lodo resultante do tratamento dos gases.
Nesta alternativa de destinação é utilizado técnicas para a disposição controlada de resíduos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e minimizando os impactos ambientais.
Os resíduos industriais ficam confinados na menos área e volume possíveis e são cobertos com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho, ou em intervalos menores, caso necessário.
De acordo com a periculosidade dos resíduos dispostos, os aterros industriais são classificados nas classes I, II ou III. Os aterros classe I podem receber resíduos industriais perigosos, os da classe II são para resíduos não-inertes e os da terceira classe devem ter somente resíduos inertes.
O sistema duplo de impermeabilização precisa evitar rupturas devido a pressões hidrostáticas e hidrogeológicas, condições climáticas, tensões da instalação, da impermeabilidade ou aquelas originárias da operação diária.
Já a impermeabilização superior a ser aplicada deve garantir que a taxa de infiltração na área seja tão pequena quanto possível. Desta forma, esta impermeabilização precisa ser no mínimo tão eficaz quanto o sistema de impermeabilização inferior empregado.
O sistema de impermeabilização superior deverá compreender das seguintes camadas, de cima para baixo:
Veja abaixo a sequência de execução de um aterro industrial:
A reciclagem trata de transformar os resíduos em matéria-prima, gerando economias no processo industrial. Isto exige grandes investimentos com retorno imprevisível, já que é limitado o repasse dessas aplicações no preço do produto, mas esse risco reduz-se na medida em que o desenvolvimento tecnológico abre caminhos mais seguros e econômicos para o aproveitamento desses materiais.
Para incentivar a reciclagem e a recuperação dos resíduos, alguns estados possuem bolsas de resíduos, que são publicações periódicas, gratuitas, onde a indústria coloca os seus resíduos à venda ou para doação.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) define as cores que serão utilizadas nos recipientes de materiais recicláveis, para que exista uma padronização, facilitando a reciclagem. O objetivo, além de estabelecer um padrão nacional de cores, é adequá-lo aos padrões internacionais.
As cores padronizadas são:
Ainda existem outros métodos para o tratamento dos resíduos industriais. Abaixo estão listados alguns deles:
Gostou? Então compartilhe:
Faça seu login
Ainda não é cadastrado?
Cadastre-se como Pessoa física ou Empresa