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Imagem: Divulgação
A evolução das exportações de commodities, a estabilidade da economia e a competitividade no mercado de colheitadeiras levaram o grupo Case New Holland (CNH) a expandir os negócios e a investir R$ 1 bilhão no complexo industrial de máquinas agrícolas em Sorocaba, no interior paulista. A unidade, desativada em 2001, deverá produzir – por ano – 8 mil colheitadeiras Case IH, além de equipamentos para a construção civil.
Reaberta há 20 dias, a fábrica produziu 20 unidades da colheitadeira Axial Flow 8120 até a semana passada. O modelo gigante é voltado para a colheita de grãos em áreas acima de mil hectares e, no Brasil, será produzido apenas em Sorocaba. Varre um corredor de 6,5 metros de largura na lavoura. A expectativa é que a fábrica produza uma nova máquina a cada 48 minutos quando atingir sua capacidade máxima. O preço da máquina e o tempo necessário para o retorno do investimento não foram revelados pela empresa.
Carro-chefe da indústria de Sorocaba, a colheitadeira, antes importada dos Estados Unidos, deverá ser melhor adaptada à realidade da América Latina. A Axial-Flow 8120 terá 60% de componentes nacionais e poderá ser financiada pelo agricultor através da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame).
“A Case está aproveitando o bom desempenho do mercado, que deverá crescer entre 20% e 25% em 2010, para lançar um produto de alto rendimento e baixo custo de manutenção”, disse o presidente da CNH para a América Latina, Valentino Rizzioli.
A escolha de Sorocaba, segundo os diretores, deve-se à estrutura logística favorável à produção e à distribuição de componentes de colhedeiras de grãos, cana e café, que também são produzidos na unidade. Conforme Rizzioli, o mercado de colheitadeiras como a 8120 está aquecido por conta das expectativas de safras recordes na Argentina e no Brasil.
“Na Argentina, as colheitadeiras de rotor (que operam sem interrupção no fluxo dos grãos colhidos) têm 80% do mercado. Toda a produção de máquinas de grãos do complexo de Sorocaba vai abastecer as concessionárias da América Latina. Dependendo das ofertas dos mercados europeu e americano, porém, podemos trazer máquinas dessas regiões. A fábrica que for mais competitiva fornece o maquinário.”
Em 2009, a receita mundial do grupo foi de 50 bilhões de euros – ou R$ 125 bilhões. Entre todas as marcas, são 178 fábricas e 185 mil funcionários. No Brasil, o grupo teve faturamento de R$ 30 bilhões, com 16 fábricas e 38 mil funcionários. O presidente da CNH explica que o grupo tem três montadoras no Brasil (Iveco, Case e Fiat) e, além disto, atua na produção de componentes, prestação de serviços e na área de serviços financeiros.
Em Sorocaba, serão produzidas máquinas agrícolas e para a construção civil, mas o foco principal é a colheitadeira modelo Axial Flow 8120. A máquina não deve competir diretamente com as colheitadeiras menores, avalia a CNH. A previsão de produção inicial é de 300 colheitadeiras ao ano.
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