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Fotos: Divulgação
O estímulo econômico mundial verde em 2009 deu pouco resultado até agora, já que foi gasta apenas uma fração do dinheiro prometido para projetos ambientais, segundo estudo do banco HSBC.
Cerca de US$ 82 bilhões em fundos de estímulo do setor público foram gastos no ano passado, só 16% do total prometido para projetos ambientais, como energia renovável e modernização de redes elétricas.
A maior parte dos gastos verdes de pacotes de estímulo ocorreu na China, onde muitos projetos - entre eles fazendas eólicas - que já estavam previstos foram antecipados, permitindo que o governo gastasse US$ 61 bilhões.
No entanto, o HSBC prevê que a maior parte dos fundos do estímulo restantes serão gastos este ano. O banco espera que US$ 248 bilhões sejam aplicados em projetos verdes em 2010, seguidos de US$ 146 bilhões no próximo ano e US$ 28 bilhões em 2012.
Nick Robins, diretor do Centro para Mudanças Climáticas do HSBC e autor do relatório, disse que os governos tinham tido mais dificuldades do que as esperadas para injetar dinheiro rapidamente em projetos ambientais úteis.
"Quando estávamos originalmente analisando o estímulo verde, em fevereiro passado, não tínhamos avaliado inteiramente todas as questões administrativas que condicionam o desembolso desse dinheiro", disse ele.
Os EUA estão a caminho de gastar a maior parte de seu estímulo neste ano, concluiu o banco.
Se o dinheiro não for gasto até o final deste ano, alertou Robins, haverá um risco de que, em alguns países, as verbas sejam canceladas, "devido às medidas de austeridade em geral".
O "estímulo verde" surgiu na esteira da crise financeira, quando governos tentavam encontrar projetos onde pudessem gastar dinheiro para criar postos de trabalho o mais rápido possível.
Muitos governos "pintaram de verde" seus gastos com estímulo, em parte num esforço para cumprir seu discurso sobre mudanças climáticas, e também como forma de reduzir sua dependência de energia importada.
No total, o valor total, nos pacotes de investimentos, a ser dedicado a gastos ambientais no mundo foi calculada pelo HSBC em US$ 430 bilhões imediatamente após os anúncios de estímulo, e a partir de então valor aumentou para US$ 521 bilhões.
O maior beneficiário individual do estímulo neste ano será provavelmente o setor ferroviário, que segundo o HSBC receberá US$ 64 mil de investimento público no mundo.
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