Um protótipo desenvolvido por uma equipe do SENAI em Luzerna promete incentivar a reciclagem de alumínio e ainda gerar mais lucros para as indústrias. Trata-se de um compactador, capaz de agregar valor às sobras da usinagem, hoje vendidas para empresas de reciclagem sem nenhum beneficiamento. O projeto será um dos representantes de Santa Catarina na mostra nacional Inova SENAI, que será realizada em março no Rio de Janeiro.
Os pesquisadores estudaram o caso da empresa Tecnomoldes, de Joaçaba, que utiliza alumínio em seu processo de produção. Na usinagem de suas peças, são descartados cerca de 300 quilos por mês de "serragem" de alumínio, chamados de cavacos.
Segundo a coordenadora do projeto, a professora Silvana Meneghini, após condicionar este cavaco em pacotes, as empresas precisam armazenar os cavacos em ambientes específicos, para depois vendê-los a R$ 2,10/kg. "Mas, após a prensagem e a transformação em briquetes, as indústrias podem comercializar o cavaco a R$ 3,80/kg, pois nesse estado a reciclagem é mais fácil", explica .
O equipamento prensa o alumínio, ao mesmo tempo em que o aquece, resultando em uma redução de 25% no volume. "Com a diminuição, as empresas vão precisar de menos espaço físico para estocagem, terão menor custo com transporte e conseguirão um valor maior pelas sobras", ressalta Silvana.
Outros benefícios serão o incentivo à reciclagem do alumínio e os consequentes ganhos ambientais. Isso porque estudos laboratoriais apontam que a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia, em comparação ao que seria utilizado para produzir o alumínio primário.
Além do separador de lixo, outros dois projetos catarinenses vão competir na mostra nacional Inova SENAI. Ao todo, 40 ideias de todo o país participam da mostra. A mostra incentiva o desenvolvimento da atitude inovadora de alunos e docentes e promove o intercâmbio técnico-científico com a comunidade industrial.
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