Fonte: ClicRBS - 03/05/07
O economista Luciano Coutinho tomou posse hoje do cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no lugar de Demian Fiocca. Em seu discurso, Coutinho ressaltou por diversas vezes o tema da inovação tecnológica e financeira, além de destacar a necessidade do maior desenvolvimento do setor de serviços e da indústria de transformação.
– A indústria precisará acelerar os seus processos de inovação em todos os planos: novos produtos diferenciados, novos processos, aumento contínuo de produtividade e de avanços na qualidade da gestão e da governança – disse.
Segundo Coutinho, a inovação deve receber apoio redobrado, como ocorre nos países desenvolvidos e em desenvolvimento que têm conseguido dominar a chamada terceira onda de progresso industrial e tecnológico. Ele disse que já recebeu do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, o pedido de preparação de estudos setoriais sobre o tema.
Coutinho lembra que as cadeias ligadas a recursos naturais e à agricultura, hoje desenvolvidas no país, têm sido beneficiadas da valorização dos preços internacionais, mas que é importante dar atenção às cadeias manufatureiras, especialmente as de tecnologia da informação e de comunicações. O novo presidente do BNDES cita que, enquanto essas cadeias representam somente 5,5% do valor agregado da indústria brasileira, a participação destes segmentos no setor industrial de países desenvolvidos chega a 27,5%.
– Não há dúvida que, nesse campo, o Brasil marcou passo, enquanto economias asiáticas em desenvolvimento têm avançado celeremente na manufatura e na exportação de bens e serviços associados às tecnologias da informação e de comunicações – afirmou.
Coutinho disse que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a orientação para ampliar iniciativas já tomadas para desenvolver setores de microeletrônica, software e de bens de capital. Além dos segmentos mais ligados à tecnologia, Coutinho afirmou que o BNDES dará prioridade em seus financiamentos aos projetos ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), às exportações e a setores da cadeia automotiva, construção civil, petróleo, mineração e farmoquímica.
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