Fonte: O Estado de São Paulo - 02/05/07
O contra-ataque ao Fiat Mille - a partir de R$ 22.170 -, carro mais barato do País, pode estar em modelos como o Renault Logan, que chega ao mercado em junho e lançará aqui o conceito de plataformas globais compactas. General Motors, Fiat, Toyota e Volkswagen têm projetos semelhantes. Previstos só para a próxima década, devem reunir subsidiárias de todo o mundo com o objetivo de reduzir custos de produção.
Voltadas para países emergentes - obviamente sem descartar os desenvolvidos -, essas bases têm o Leste Europeu, a Índia e o Brasil entre os principais alvos. Da Renault, além do sedã do Logan, haverá um hatch sobre a mesma plataforma, cujo projeto tem participação de engenheiros brasileiros e só chega em 2008.
A GM desenvolve sua arquitetura de baixo custo na Coréia do Sul, com apoio de engenheiros da filial nacional enviados para lá. “O Brasil está entre os países-alvos dessa nova base, caso o projeto vá para frente”, diz Pedro Manuchakian, vice-presidente de Desenvolvimento de Produto da empresa.
A plataforma mundial da Fiat será desenvolvida com auxílio da filial brasileira, diz um porta-voz da marca. “Temos experiência na produção de modelos de baixo custo.”
Para conquistar 10% do mercado nacional na próxima década, a Toyota deve produzir aqui um carro sobre sua nova base global, já em desenvolvimento. A VW tem projeto parecido, mas nesse caso o Brasil pode não ser um dos destinos. A empresa lançará aqui uma família de modelos de baixo custo, mas com concepção local.
Plataformas globais existem há décadas - um bom exemplo é o Honda Civic. Mas a mobilização em torno de bases de baixo custo para países emergentes é inédita. A ofensiva de carros baratos feitos na China impulsiona o fenômeno.
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