Sandvik Coromant foca indústrias naval, ferroviária e de base

Foto: Divulgação

A fabricante de ferramentas de corte Sandvik Coromant se reajustou ao momento de baixa demanda e agora deposita expectativas nos setores da indústria que há muito tempo não rendiam frutos. "A indústria de base, naval e ferroviária começam a se movimentar e trazem junto toda a cadeia produtiva", explica o diretor da empresa para a América Latina, Cláudio José Camacho.

A companhia se orgulha de ser uma das únicas do setor com atualização tecnológica no país. "Nossa unidade tem o mesmo nível de tecnologia e capacidade de produção das demais. Há peças produzidas exclusivamente no Brasil para atender ao mercado interno e externo", comenta o engenheiro. A distribuição mundial da empresa se localiza em três locais estretégicos: Estados Unidos, Holanda e Cingapura. 

Para garantir espaço no mercado de ferramentas de corte, a Sandvik busca oferecer não apenas o produto, mas uma solução. "Muitas vezes participamos do desenvolvimento do projeto junto com o fabricante de máquina para chegar à solução que trará ao cliente a combinação de melhor tempo, qualidade, volume e preço", explica Camacho. Esclarece que nem sempre o que a empresa procura é aumentar a produção: "a demanda pode ser apenas para reduzir preço e nós vamos atrás de uma maneira de chegar a isso".

Com a crise do mercado, após setembro de 2008, o planejamento foi readequado para a nova realidade, mas a área de tecnologia não sofreu alteração. "A crise é passageira e nós temos que estar fortalecidos para quando a indústria voltar a se movimentar", afirma o engenheiro. Outra solução foi garantir o faturamento com setores que tiveram queda menor, como o automobilístico, óleo e gás e energia.

De acordo com Camacho, enquanto o setor de ferramentas de corte registrou queda de 40% no volume de negócios, o desempenho da Sandvik foi superior a este número. "Nem no momento de maior dificuldade o grupo deixou de investir entre 4% e 6% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento, como fazemos todos os anos. Lançamos mais de duas mil novas ferramentas este ano e buscamos as oportunidades mesmo em meio à crise", revela.

O diretor não espera que o ritmo do primeiro semestre de 2008 seja retomado em menos de dois anos e é por isso que escolheu este momento para intensificar a atuação da empresa. "Com a queda de vendas menor do que a do setor, já conseguimos ganhar um pouco mais do mercado", comemora.


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