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Depois de sofrer com a retração da demanda de aço nos primeiros seis meses do ano, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) prevê que os resultados do quarto trimestre devem ser ainda mais positivos que os registrados no terceiro trimestre.
Segundo afirmou o diretor comercial da companhia, Luiz Fernando Martinez, a CSN está muito otimista, porque as indústrias da linha branca (fogões, geladeiras, lavadoras e tanquinhos) e do setor automotivo devem operar a plena capacidade em novembro. "O último trimestre do ano vai ser muito forte e esperamos destinar 85% a 87% das vendas para o mercado interno", disse em teleconferência com jornalistas. No terceiro trimestre, o mercado doméstico representou 67% das vendas da companhia.
Em relação às perspectivas para 2010, o diretor disse que ainda é cedo para fazer previsões precisas. "Temos que fazer um trabalho para entender o que acontece após a retirada do incentivo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em alguns setores", afirmou.
De acordo com o diretor executivo da empresa, Paulo Penido, os ganhos mais fortes obtidos no terceiro trimestre foram impulsionados por um melhor resultado operacional e pela incorporação reversa da Big Jump Energy Participações pela Namisa, o que trouxe um efeito positivo de R$ 835 milhões. O lucro no período foi de R$ 1,15 bilhão. "Voltamos a operar em plena carga desde julho, o que permitiu a diluição dos custos fixos", afirmou Penido.
Minério de ferro
A CSN, que também é produtora de minério de ferro nas minas Casa de Pedra e Namisa, prevê uma recuperação expressiva do mercado em 2010. Segundo informou hoje o diretor executivo de mineração da companhia, Jayme Nicolato, o setor está "altamente demandado" e vários clientes da empresa estão fazendo pedidos adicionais de minério. "Já percebemos uma recuperação de preços no último trimestre do ano", afirmou.
De acordo com Nicolato, a China está importando mais minério que no ano passado. "A China já trabalha com uma demanda anualizada de 600 milhões de toneladas", afirmou. O presidente da Namisa, Charles Laganá Putz, também destacou que a companhia tem uma dependência menor em relação à China que as demais mineradoras. Isso ocorre devido ao contrato de longo prazo com empresas coreanas e japonesas, que detêm 40% da Namisa.
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