PanMachine entra no mercado de máquinas

Companhia acredita que é no momento de baixa demanda que se deve crescer

Fotos: Divulgação

"Não existe um show room de máquinas melhor do que a minha própria fábrica", é assim que José Carlos Panageiro, diretor da PanMetal explica como decidiu expandir a sua atuação - antes restrita apenas à fabricação de peças de aeronaves - e abrir uma empresa para comercializar máquinas-operatrizes, a PanMachine. A companhia deu seus primeiros passos no primeiro semestre deste ano e foi inaugurada oficialmente durante a Feimafe, que aconteceu em maio.

Com 32 anos de experiência em usinagem, há cerca de seis anos a PanMetal começou a importar máquinas para produzir em sua unidade fabril. "Deixei de investir em equipamento nacional porque a relação custo x benefício caiu muito", comenta o executivo. Além disso, de acordo com ele, as máquinas brasileiras não eram rígidas o suficiente para trabalhar com matérias primas como aço inox e titânio. "A saída foi buscar equipamentos que me atendessem por preços mais acessíveis em Taiwan", declara Panageiro.

O diretor afirma que, inicialmente, adquiriu quatro máquinas no país asiático e hoje a sua fábrica já conta com 49. "É quase toda a minha estrutura", comenta. Com a qualidade e rendimento das máquinas mais do que comprovado não foi difícil para Panageiro enxergar uma porta para entrar no mercado de venda de máquinas. "Já tinha o contato com o fabricante e podia provar a qualidade do meu equipamento para o mercado, já que eu mesmo os utilizo para produzir minhas peças. Além disso, comercializar máquinas importadas é um negócio com menos pressão do que produzir peças acabadas", explica do diretor.

O profissional conta que viajou em abril deste ano para Taiwan para negociar a representação da fabricante de máquinas no Brasil, firmou a parceria e começou com o pé direito o novo negócio, participando da Feimafe, em maio. Para ele, iniciar a empresa durante a crise econômica internacional não foi obstáculo, mas sim uma boa oportunidade. "Acredito que é na crise que se cresce, assim como na bolsa de valores é na baixa que se compram as ações. Este é um bom momento para nos fortalecer. É com o mercado caminhando mais devagar que há espaço para novos produtos", avalia.

O diretor explicou que a aposta na empresa é alta. "Estamos investindo muito mas sabemos que esta é uma fase de pouco retorno, ainda estamos nos mostrando para o mercado", conta ele. Neste período, a PanMachine tem apresentado os centros de usinagem, fresadoras, centros de torneamento e tornos CNC que comercializa em diversas feiras de negócios do País. "Começamos na Feimafe, estivemos na Intermach e, para o ano que vem, já estamos negociando a participação na Feira da Mecânica e na FMU", destaca.

Com algumas máquinas já comercializadas no País, a companhia espera agora aproveitar o novo fôlego da economia para se firmar no mercado. "Estamos no início da recuperação para o setor de bens de capital. Apesar disso, ainda enxergamos 2010 como um ano de investimentos. Nossa intenção é trabalhar muito no próximo ano para estourar no mercado em 2011 " ano que promete uma demanda enorme!", almeja Panageiro. 

 


Tópicos: