Skam completa 30 anos e reorienta atividades

“É preciso estar atento e forte”

Foto: Divulgação

“É preciso estar atento e forte”

A música de Caetano Veloso, que se transformou em um hino serviu de inspiração para Maks Behar, criador da Skam, tradicional empresa brasileira fabricante de empilhadeiras elétricas, transpaleteiras, rebocadores para movimentação, armazenagem e logística, praticamente reiniciar suas atividades 30 anos depois de começar a fabricação de equipamentos para movimentação e armazenagem industrial.

Ele explica: “Quando a situação para as empresas brasileiras chega ao ponto que chegou ao final do ano passado, onde tivemos uma queda superior a 60% no faturamento, temos duas alternativas: ou fechamos as portas ou buscamos saídas. A Skam optou pela segunda”.

A alternativa foi buscar ou incrementar novos nichos de mercado mirando também, a locação de máquinas novas e usadas, reformas, vendas de peças, serviços de manutenção corretiva, preventiva e consultoria. Com a ajuda de Paulo Coggo, atual superintendente da empresa, Behar diz que a idéia surgiu exatamente porque enquanto as vendas de máquinas despencavam, a receita com a manutenção crescia. A empresa teve um incremento significativo no final do ano com a contratação feita por um grande cliente, que ao invés de comprar uma máquina nova resolveu reformar o seu parque.

Reestruturação
Coggo, que está à frente da reestruturação da Skam, aproveita para explicar o trabalho que vem sendo desenvolvido internamente. "Incrementamos um trabalho de comunicação interna e fizemos um mapeamento, mostrando como as peças entram e saem da produção. Também criamos um grupo de desenvolvimento de processos. Desta forma, podemos saber tudo o que ocorre na linha e estarmos preparados para o aumento da demanda."

Paralelamente, Coggo informa que está sendo feita uma modificação no processo fabril, com um controle de qualidade mais rigoroso, e reestruturações no design das máquinas, com uma preocupação maior com a ergonomia e diz que esses estudos estão sendo feitos por uma empresa de engenharia contratada.

“Mesmo com a queda no faturamento, investimos em tecnologia e automação, estamos usando um software de engenharia que simula o funcionamento das partes das máquinas, apontando atritos, aquecimento etc., permitindo determinar o tempo de vida útil das peças, completa Coggo.

Para Behar, essa foi uma saída que está permitindo a sobrevivência da empresa. “Estamos acreditando que as operações, este ano, estarão centradas na contratação de serviços de manutenção corretiva e preventiva", lembra Behar. Ele também destaca que, como as grandes empresas americanas e européias não vão fazer investimentos, e como forma de baixar os custos, optam por terceirização dos seus serviços. "Por outro lado, algumas vendas já começaram a ‘pingar’, principalmente de máquinas pequenas", conclui o engenheiro.




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