Fotos: Divulgação
A Associação Brasileira de Metais está lançando um livro sobre a metalurgia do pó. A organização realizou um evento em sua sede no dia 27 de agosto, no qual o engenheiro Marcos Pallini, da Metaldyne, falou sobre as principais características do processo.
Segundo Pallini, a sinterização do pó de metal economiza material. A peça pronta tem 95% da massa da matéria-prima, quando na usinagem convencional esse percentual é de 50%. “Mesmo com a reciclagem do cavaco,um diferencial é o aspecto ecológico. A produção via sinterização consome menos energia” explicou Pallini.
Na metalurgia do pó, parte-se de uma mistura de pós metálicos, que facilita a possibilidade de criar ligas. O pó pode ser moldado via compactação, extrusão, sinterização, ou sinter – forjamento, em que o pó sofre uma pré-sinterização para eliminar o lubrificante, depois o material é aquecido por indução e forjado. Na moldagem por injeção o pó de metal pode ser combinado com polímeros aditivos.
A sinterização é realizada num forno com temperaturas iniciais entre 500 e 800 graus Celsius. Esse aquecimento inicial serve para fazer o lubrificante da peça evaporar. A partir de 800 graus acontece a redução do óxido.
“A ligação das partículas no resfriamento é moldada a microestrutura da peça” completou Pallini, que ressaltou que o processo também tem como vantagem a capacidade de permitir o controle de densidade durante a sinterização. Segundo Pallini, existe uma relação direta entre densidade e desempenho e cada nível de resistência tem uma aplicação industrial.