Apesar de elogiar a iniciativa do governo federal em oferecer condições de crédito mais favoráveis para a compra de equipamentos e máquinas, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) defendeu nesta segunda-feira a redução de mais impostos para o setor. "A gente não pode deixar de lado a desoneração de investimentos. O Brasil é o único país do mundo que tributa quem compra máquina", disse o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto.
Ele afirmou ter sido uma surpresa a iniciativa do governo na área do financiamento. O governo decidiu reduzir a TJLP, usada na concessão de financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 6,25% para 6%. É o menor índice histórico da taxa. "Acho que nunca tivemos uma taxa de juros tão favorável. Quem quiser investir, deve fazer agora", disse Aubert Neto.
O governo também irá reduzir a taxa de juro para o tomador final, em empréstimos junto ao BNDES para compra de máquinas e equipamentos. Até o dia 31 de dezembro de 2009, parte do custo será assumida pelo Tesouro Nacional.
Previsões
Sobre os impactos nas vendas do setor, o presidente da Abimaq ressaltou que não deve haver resultados no curtíssimo prazo. "A gente não vende máquinas do dia para a noite. Desde a entrada do pedido, demora de seis meses a um ano. Vai ajudar um pouco neste ano, mas, para 2010, vamos começar a enxergar uma luz no final do túnel", disse.
A estimativa é que a redução de taxa de juros torne os investimentos mais baratos em 12% a 15%. "Se viesse complementada da depreciação imediata e do crédito da PIS-COFINS imediato, o investimento do Brasil hoje ficaria 30% em conta", disse Aubert Neto.
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