Siemens PLM aposta no crescimento do mercado automotivo

Foto: Siemens

O norte-americano Stephen Brown, vice-presidente para desenvolvimento de negócios e consultoria da Siemens PLM Software, trata de aprender rapidamente o português e conhecer o Brasil como parte de suas estratégias mercadológicas. Em 2008 ele voou apenas uma vez de Chicago para São Paulo. Agora já tem na agenda vôos mensais e prevê semanas agitadas de visitas a clientes e prospects.

Dia 15 de abril Stephen recebeu Automotive Business para falar de seus propósitos e de sua especialidade – o PLM que aparece no nome da empresa e significa Product Lifecycle Management. Trata-se de softwares e pacotes de soluções para conceber, desenvolver, produzir e gerenciar de modo eficaz um produto durante todo o seu tempo de vida – um carro, por exemplo.

“Atuamos em muitos segmentos de mercado, mas o automotivo é um foco de interesse especial no Brasil” – admite o executivo, que recebeu da corporação a missão de desenvolver novas oportunidades com clientes em países emergentes como o Brasil. No portifólio de parceiros globais ele alinha a maioria das montadoras presentes no país e diversos fabricantes de autopeças.

“Todas essas empresas estão sendo afetadas pela crise internacional em maior ou menor escala, mas sabem que precisam investir em projetos e inovação para garantir participação de mercado na retomada plena dos negócios. Quem não investir amargará perdas significativas” – explica Stephen. Ele assegura que as empresas automotivas mantêm seus programas acelerados – e isso vale para o Brasil.

A General Motors é um dos principais clientes internacionais da Siemens PLM e pretende tornar-se um importante centro de desenvolvimento de projetos para a corporação. Hoje a especialidade dos engenheiros de São Caetano do Sul são as picapes médias, mas já foram adequados aqui projetos como o do Hummer. Os carros pequenos e compactos também merecem interesse crescente e boa parte das ferramentas utilizadas pela montadora leva a assinatura da Siemens PLM. Stephen Brown, VP para negócios.

Começando pela escola
Paulo Leal da Costa, diretor de operações para o Brasil, informa que o país representa mais de 90% dos negócios da companhia na América do Sul. A Siemens PLM tem sua origem relacionada à EDS, empresa de tecnologia da informação que já foi da General Motors, e à UGS. Hoje 95 pessoas atuam na operação brasileira. Paulo destaca a estratégia que tem sido utilizada pela empresa desde o começo: colocar seu produto à disposição das universidades e instituições que formam engenheiros e técnicos. Hoje há pelo menos 125 centros de tecnologia que recebem suporte e ferramentas virtuais da Siemens PLM.

Já a lista de clientes comerciais inclui 1562 empresas. “Além de participar da formação dos profissionais, estamos bastante próximos do mercado, com suporte no desenvolvimento e manutenção de aplicações” – garante Paulo Costa. Ele destaca que no ano passado faltaram especialistas para atender à enorme demanda por trabalhos na área de tecnologia e engenharia ao longo da cadeia de produção automotiva. “O segmento caminha para as aplicações exclusivas em 3D, deixando no passado as ferramentas para trabalhos em duas dimensões” – explica.

Mercado global
Stephen considera a unidade de negócios PLM Software, da Siemens, líder no fornecimento global de software e serviços de gerenciamento do ciclo de vida de produtos, com 5,9 milhões de postos de trabalhos implantados e 56 mil clientes. A empresa tem sede em Plano, no Texas e costuma destacar que suas soluções de softwares corporativos adotam arquitetura aberta, são escalonáveis e flexíveis. “São também comprovadas” – afirma Stephen, assegurando que a permanência média dos cem principais clientes no portifólio é de dezoito anos.

Entre os pacotes que podem ser customizados para atender diferentes clientes estão o NX e o conjunto Solid Edge, para desenvolvimento e introdução de produtos. Na área de manufatura digital há o Tecnomatix e um conjunto de produtos relacionados. Para o gerenciamento digital do ciclo de vida de produtos a Siemens PLM desenvolveu o Teamcenter, que permite integração do trabalho em nível global. Já para pequenas e médias empresas a receita é o Velocity Series.

Inovação
Enquanto procura gerenciar a complexidade do mundo dos negócios, no qual produtos e processos tornam-se cada vez mais desafiadores, a Siemens PLM garante que as soluções para avaliar e comandar o ciclo de vida tornam-se indispensáveis até a hora de determinar a retirada do produto do mercado. “Em todas as etapas da existência de um produto a palavra chave é inovação” – destaca Stephen. “É por meio dela que as empresas tornam-se bem sucedidas e maximizam o valor de seus investimentos. As melhores empresas do mundo usam o PLM para inovar em cada estágio do ciclo de vida do produto” – afirma.

Com o auxílio de um gráfico o executivo demonstra que o PLM permite otimizar resultados desde o momento de desenvolver e lançar um produto. Com a utilização de toda a cadeia de valor, incluindo projeto, manufatura e o suporte de parceiros estratégicos, a empresa orientada pela inovação maximiza resultados nos períodos de crescimento, maturidade e declínio dos produtos. O término da vida útil pode também ser ‘esticado’.

Veículos vencedores
A Siemens PLM ajudou de forma decisiva duas iniciativas bastante diferentes. Uma delas foi o projeto do Nissan GT-R, que acaba de ser eleito o carro do ano pela revista Motor Trend e utilizou soluções de software da marca no projeto virtual, análise e gerenciamento de dados do produto. A outra iniciativa aconteceu no Brasil, junto à Escola de Engenharia de São Carlos, da USP.

Utilizando o Solid Edge e o NX CAM para treinar seu pessoal, a Equipe Solid Edge projetou um carro de corrida para disputar competições promovidas pela SAE Brasil. O grupo venceu duas das quatro provas de que participou e ganhou a oportunidade de disputar três vezes a Fórmula SAE Americana. O projeto foi considerado o melhor nos eventos brasileiros e mobiliza atualmente sessenta estudantes de graduação e pós-graduação.

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