Setor de máquinas mostra sinais de reação


O setor de máquinas e equipamentos, um dos mais afetados pela crise de crédito e consequente retração de investimentos, começa a dar mostras de que a situação mais crítica pode ter ficado para trás. Sondagem feita em março pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) constatou que o número de empresas do setor que esperam mais vendas no segundo trimestre quadruplicou em relação à sondagem anterior.

De um total de 69 empresas consultadas, 12% disseram que a perspectiva é de crescimento de vendas no próximo trimestre, ante apenas 3% em fevereiro. Entre as que preveem queda, a participação recuou de 57% para 55%. Já foi pior: em janeiro, 73% dos entrevistados esperavam retração.

"A gente acha que o setor bateu no fundo do poço em fevereiro", diz o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto. Mas o setor ainda está longe de uma retomada, ressalta. "Pode ser que o fundo do poço seja bastante extenso, mas tudo indica que a situação tende a não piorar."

Aubert tem motivos para ser cauteloso. Entre os empresários que participaram da sondagem no mês passado, 68% disseram que houve queda na entrada de pedidos em carteira. Em média, a retração foi de 30,7% em relação a março de 2008 e de 15,5% ante fevereiro deste ano.

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