Foto: Divulgação
O aterro sanitário de Cianorte – sob gestão da Sanepar – será o primeiro do Paraná a gerar energia elétrica a partir da utilização do Biogás. O contrato para implantação do sistema foi assinado nesta quinta-feira (19) pelo diretor comercial da Sanepar, Natálio Stica, e pelo prefeito Edno Guimarães.
A empresa vai aplicar R$ 1 milhão na execução da obra, prevista para iniciar ainda este ano. Os recursos serão financiados pela Caixa e não terão custo para o município. A gestão do lixo na cidade é feita pela Sanepar deste 2002 e considerada modelo para o Brasil.
De acordo com o diretor, a energia gerada inicialmente será utilizada no próprio aterro, mas a intenção da empresa é ampliar o seu uso. “Assim que o sistema entrar em funcionamento a Sanepar deverá requerer, junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, autorização para comercialização da energia excedente para a Copel”, informou Stica.
Ele destacou que o aproveitamento do gás metano irá reduzir os impactos ambientais na atmosfera. “Isto vai possibilitar a obtenção de créditos de carbono, gerando com isto mais recursos para serem reinvestidos no sistema”, disse.
Para o prefeito, os investimentos em saneamento são sempre importantes, pois garantem boas condições de vida para a população. “A cidade é muito bem atendida pela Sanepar nos serviços de água e esgoto.
Na área do lixo a empresa também tem realizado um bom trabalho e esta nova experiência com a utilização do biogás produzido no aterro será muito boa para Cianorte, principalmente no que se refere à preservação do meio ambiente”, enfatizou Guimarães.
Aterro regionalizado
Natálio Stica aproveitou a visita para se reunir com os vereadores da cidade. Entre os temas discutidos estava a implantação da operação regionalizada do aterro sanitário. Para que a regionalização seja implementada, a Câmara Municipal precisa aprovar uma lei autorizativa, permitindo o recebimento de resíduos de outros municípios.
Entre as cidades interessadas estão Terra Boa e São Tomé. Além do prefeito e dos vereadores, também participaram da reunião o coordenador de clientes da Sanepar, José Aparecido Fogaça, e o assessor de novos negócios da companhia, Nuno Alves Pereira.
“A operação regionalizada deverá trazer muitas vantagens, pois irá permitir uma economia de escala, devido à otimização do uso de equipamentos e pessoal. A diminuição do uso de áreas impactantes, por meio de uma gestão mais eficiente, também será possível, reduzindo assim os danos ambientais”, explicou Stica.
Outra vantagem apresentada pelo diretor é a possibilidade de ampliar a geração futura de energia elétrica a partir do biogás. A comercialização do excedente irá proporcionar a obtenção de mais recursos para serem aplicados nas unidades de tratamento e coleta de lixo.
Edno Guimarães destacou que um dos principais benefícios será sentido pelos usuários, por isso ele espera que os vereadores analisem bem esta oportunidade. “A maximização do uso do aterro com a participação de outros municípios é uma solução para baratear a operação, podendo ser revertida em uma futura diminuição de tarifa.
A maior arrecadação também irá permitir mais investimentos em tecnologia para a ampliação da vida útil do aterro, enfatizou”.
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