Foto: Divulgação
Os números do varejo online devem continuar a surpreender positivamente, mesmo com o cenário de retração que está se desenhando. É o que espera o diretor geral da consultoria e-bit, Pedro Guasti.
Segundo um levantamento, realizado em conjunto com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, as expectativas de crescimento para 2009 são de 20% a 25% ante o ano passado, o que resultaria em um faturamento de R$ 10 bilhões em bens de consumo vendidos pela internet.
"Nossas projeções mostram um ano muito positivo para o setor, principalmente se compararmos com a realidade mundial", disse Guasti. Ele pondera, no entanto que, apesar de o comércio eletrônico ainda não ter sentido fortes impactos da crise, sua curva de crescimento tende a diminuir. "Estávamos crescendo muito e isto não deve se sustentar", afirmou ele.
Para o primeiro semestre deste ano, a consultoria estima que o e-commerce movimente cerca de R$ 4,5 bilhões, R$ 800 milhões a mais do que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Além disso, até o fim do semestre, devem haver mais de 15 milhões brasileiros comprando pela internet. "A internet é ainda muito nova no Brasil. Há muito espaço para crescer", enfatizou Gerson Rolim, executivo-diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
Ele explica que o momento é muito importante para o varejo online, pois as ferramentas de comparação de preço e qualidade que a internet oferece devem conquistar os consumidores, por ajudá-los na contenção dos gastos e na eficiência da compra. "Essas vantagens já estão sendo sentidas pelo consumidor, o que deve colaborar para nosso crescimento", reitera Rolim.
E é bom que o setor encontre oportunidades neste momento, pois a percepção dos consumidores não está das melhores. Em pesquisa da própria e-bit, em parceira com Lumens Consultoria Digital, sobre o que consumidores de internet sentem em relação à crise econômica do país, 73% dos entrevistados afirmaram que o Brasil está enfrentando uma retração econômica.
Uma parcela de 46% disse estar preocupada com as consequências da crise e 42% afirmaram estar mais cautelosos na hora de fazer compras.
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