Fonte: Jornal do Meio Ambiente - 13/04/07
Os Estados Unidos têm como uma de suas metas reduzir em 20%, até o ano de 2017, o consumo interno de gasolina, e substituir o uso desse derivado do petróleo por combustíveis naturais, como o álcool e o biodiesel produzidos no Brasil.
Diante do interesse norte-americano no produto brasileiro, o secretário assistente do departamento de energia dos Estados Unidos virá ao Brasil em abril, com um orçamento de US$ 1,6 bilhão, para ser aplicado em pesquisas e no desenvolvimento de novas tecnologias para aprimorar a produção de fontes alternativas de combustível.
O assunto dominou o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente George W. Bush na casa de campo oficial do governo americano em Camp David, no último final de semana.
Ontem, o embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, que acompanhou a reunião entre os dois chefes de Estado concedeu uma coletiva, via telefone, direto de Washington, para apenas sete jornais brasileiros. A GAZETA foi o único periódico do Espírito Santo a ser convidado e a participar da entrevista.
Segundo Sobel, os dois presidentes se comprometeram a trabalhar juntos para "democratizar essa nova fonte de energia". Para isso, o governo norte-americano garantiu que haverá um intercâmbio entre os cientistas e pesquisadores dos dois países para desenvolver novas tecnologias para a produção de combustível natural.
O embaixador acredita que o crescimento da produção de biodiesel poderá ajudar também os países mais pobres, já que o petróleo é uma fonte de energia mais cara. "O dinheiro que os governos gastam com o petróleo, poderá ser revestido em saúde e educação", frisou.
Sobel comentou também o fato do Brasil ter investimentos na produção de óleo e gás no Irã, país que possui divergências diplomáticas com os Estados Unidos.
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